O clero deve ter privilégios?

A Igreja Católica Apostólica Romana foi abalada nos meses recentes com o escândalo de padres abusivos. Esses padres oprimiam crianças, em alguns casos abusando delas sexualmente durante um período de anos. Alguns desses padres foram acusados de conduta imprópria pelos paroquianos, mas muitas vezes eram transferidos para outras paróquias ou dioceses.

Alguns norte-americanos, inclusive eu, estão muito perturbados com o que compreendem ser comportamento irresponsável, até criminoso, pelos membros do clero da Igreja Católica Apostólica Romana, indivíduos que “protegiam” esses padres abusivos de exame minucioso ou até processos legais. Recentemente um apresentador de um rádio local reclamou que o papa continuava a proteger o clero mesmo quando os bispos norte-americanos propuseram medidas mais severas para evitar abusos no futuro.

O que muitas pessoas talvez não reconheçam é que o clero da Igreja Católica Apostólica Romana sempre se considerou superior a lei da terra! Uma vez que o império romano reconheceu o cristianismo como uma religião legal (no começo do quarto século), o estado começou a conceder privilégios àqueles que foram identificados como clero. Em “A História da Igreja Cristã”, o autor J. L. Hurlbut escreve, “Deveres públicos obrigatórios de todos os cidadãos não eram mais exigidos do clero; ficaram livres de impostos; toda acusação contra padres era julgada perante tribunais clericais. Os ministros da igreja logo se tornaram uma classe privilegiada, acima da lei da terra” (p. 60). A partir daquela época, o poder do clero e seu isolamento de responsabilidade civil vem aumentando.

O Novo Testamento ensina que cristãos são responsáveis por obedecer à lei da terra. O apóstolo Paulo escreveu, “De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal” (Romanos 13:2-4). Em vez de defender pessoas que abusam de crianças das conseqüências das suas ações, a Igreja Católica Apostólica Romana devia ter deixado o governo fazer aquilo para que foi ordenado – punir malfeitores.

A noção do privilégio do clero começa com uma distinção não bíblico entre membros, identificando alguns como clero e o resto como leigos. Parece óbvio que a Igreja Católica Apostólica Romana pegou muitas coisas emprestadas do Velho Testamento. Nós, no entanto, vivemos sob o Novo Testamento que revela que não há uma distinção de clero e leigos entre os membros. Somos todos irmãos (Mateus 23:8) e todos somos sacerdotes servindo sob nosso divino Sumo Sacerdote (1 Pedro 2:5, 9; Hebreus 10:21; 13:15-16).

Não me alegro com os problemas da Igreja Católica. No entanto quero mostrar que eles não estão sendo perseguidos; eles criaram seus próprios problemas.

–por Allen Dvorak


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