Avaliação de livro

Bíblia Apologética
Título: Bíblia Apologética
Editora: ICP (Instituto Cristão de Pesquisas) Editora


A Bíblia Apologética é uma extensão do trabalho do Instituto Cristão de Pesquisas, uma organização que se dedica à defesa das doutrinas geralmente aceitas pelas igrejas protestantes. Além de artigos históricos e analíticos de grupos descritos como seitas, esta Bíblia traz comentários de rodapé refutando diversos argumentos feitos por grupos que não seguem a tradicional linha protestante. Responde a pontos doutrinários do mormonismo, Testemunhas de Jeová, catolicismo, judaísmo, islamismo, maçonaria, espiritismo, adventismo, etc.

Sem dúvida, muitos dos comentários feitos nesta Bíblia esclarecem questões polêmicas e oferecem algumas dicas boas para responder às falsas doutrinas de vários grupos religiosos. Defendem a divindade de Jesus, a inspiração das Escrituras, a ressurreição corporal, a realidade do castigo eterno, a personalidade do Espírito Santo, etc. Ensinam contra as práticas de poligamia e homossexualismo,e doutrinas da reencarnação, da virgindade perpétua de Maria, etc.

Ao mesmo tempo, fiquei decepcionado com esta Bíblia por vários motivos. Entre suas falhas:
1. A tradição protestante acima da Bíblia. Os comentaristas valorizam demais a posição histórica “da Igreja” (que quer dizer, as doutrinas geralmente aceitas pelos herdeiros da tradição da Reforma Protestante).

2. Cuidado de não ofender os leitores “evangélicos”. Embora existam diferenças importantes entre presbiterianos, batistas, luteranos, metodistas, as principais igrejas pentecostais, etc., os comentaristas não ousam entrar nestas questões. Se o propósito é defender a verdade, por que fugir de controvérsias sobre dons do Espírito Santo, batismo de recém-nascidos, etc.? Por que não criticar as igrejas que desrespeitam as qualificações de pastores, permitem que as mulheres tomem posições de autoridade sobre homens ou profiram doutrinas humanas sobre o reino milenar terrestre? É válido condenar quem está fora da corrente protestante enquanto olha com vistas grossas os divergentes ensinamentos das grandes igrejas evangélicas?

3. Quando forçados a escolher entre a Bíblia e a tradição protestante, os redatores dessa Bíblia seguem os homens. Observando suas manobras impressionantes para negar a necessidade do batismo para a salvação, contradizendo as palavras de Jesus (Marcos 16:16), Pedro (Atos 2:38), Ananias
(Atos 22:16) e Paulo (Gálatas 3:27), percebemos que há lealdade maior à tradição comentar nada sobre textos freqüentemente distorcidos para defender o batismo de crianças pequenas ou para exigir os dízimos dos fiéis, mostram mais preocupação com as opiniões de líderes religiosos atuais do que com a autoridade absoluta do Mestre de todos.

Se as minhas críticas da Bíblia Apologética chegarem até os responsáveis pela redação dela, é bem provável que eu, também, receba o rótulo de herético ou de defensor de seitas. Mas não devemos nos preocupar com tais táticas de homens, mesmo de líderes religiosos. “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29). Adotemos a mesma atitude de Paulo: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1:10).

A Bíblia Apologética, como qualquer Bíblia com notas de rodapé, deve ser usada com bastante cautela. Ela contém notas que ajudam a responder aos ensinamentos errados de alguns grupos religiosos, mas nem todos os seus argumentos vêm da palavra de Deus. As notas dessa ou qualquer outra Bíblia devem ser analisadas da mesma maneira que o discípulo cuidadoso examina este artigo ou ouve qualquer sermão ou palestra. Com o mesmo espírito demonstrado na Beréia, deve examinar cada dia nas Escrituras para ver se as coisas realmente são assim (Atos 17:11). As instruções de Paulo valem hoje: “...julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal” (1 Tessalonicenses 5:21-22). 

Ao invés de agradar à maioria religiosa, ou ganhar a aprovação de líderes de igrejas, devemos avaliar qualquer prática ou doutrina pelo critério proposto por Jesus quando ele enfrentou os chefes em Jerusalém: Donde vem esta doutrina, “do céu ou dos homens?” Porque no final de contas, não seremos julgados pela Torre de Vigia, nem pelo Vaticano, nem pelo Instituto Cristão de Pesquisas. A palavra proferida por Jesus nos julgará no último dia (João 12:48). Sejamos fiéis à verdade que ele revelou!

-por Dennis Allan


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