Corrigindo Mal-entendidos Sobre o Reino (2)
por Glenn Jones
Durante o ministério de Jesus, muitos dos seus discípulos imaginaram seus sonhos se realizando. Sua demonstração de poder divino tinha-os convencido de que ele seria um rei capaz de atingir os objetivos políticos e suprir as necessidades físicas deles.
De acordo com João 6, contudo, Jesus viu esses “sonhos” como equívocos pondo em perigo seu ministério e trouxe-os a uma parada súbita, fazendo com que muitos deles encerrassem sua experiência como discípulos. Os mal-entendidos que conduziram a esse triste evento não são estranhos aos nossos dias.
Jesus e a política. Depois dos 5.000 terem ouvido Jesus pregar sobre seu reino o dia todo e terem sido milagrosamente alimentados por ele (Lucas 9:11-17), eles sabiam que Jesus era um profeta especial (João 6:14). Mas Jesus teve que fugir deles, porque estavam usando a força para perverter sua missão espiritual numa missão política (João 6:15). O Senhor nunca concebeu seu reino como mundano, com forças militares, como ele declarou claramente a Pilatos em João 18:36. O sonho que Jesus entraria no campo político como rei, libertando os judeus da ocupação romana e da depressão econômica, ele nunca pretendeu realizar.
Isso não significa que Jesus estivesse esquecido dos governadores e dos assuntos políticos envolvendo a palavra de Deus, pois ele pregou submissão aos governantes civis (Lucas 20:22-26), mas francamente julgava a crueldade e exploração deles (Lucas 13:31-32; 22:25). Ele e seus apóstolos declararam mensagens claras sobre assuntos sócio-políticos para serem pregadas pelos cristãos de hoje, a respeito do aborto, prostituição, homossexualidade, divórcio e novo casamento, álcool e drogas, educação de filhos, crimes e racismo, só para mencionar umas poucas. Entretanto, o domínio de Cristo nunca foi designado a juntar seus seguidores em instituições políticas na terra, quer sejam governos ou partidos políticos. Precisamos cuidar para que a igreja do Senhor não se torne em instituições como essas, justamente como ele recusou tornar-se um rei terreno.
Jesus e o alimento. A multidão que Jesus alimentou milagrosamente veio procurá-lo mais tarde, no outro lado do mar da Galiléia. Eles imaginavam um Rei Messiânico que não somente os guiaria como também proveria cura instantânea e refeições para todos os adeptos. Mas Jesus repreendeu-os pelo motivo deles, “Vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará” (João 6:26-27).
Jesus não se opunha à alimentação da multidão em si, porque em duas ocasiões ele alimentou-a depois que o tinham ouvido muito tempo (Marcos 6:34-44; 8:1-9). Jesus opôs-se muito a atrair pessoas para sua missão e mantê-las por meios carnais, e se recusava a prover pão nessa base. Semelhantemente, o Novo Testamento coloca o comer com o propósito de satisfazer a fome pessoal e o confraternizar nas casas particulares (1 Coríntios 11:21-22). A meta do reino é a vida eterna. Hoje em dia, as festas, a recreação e os programas para alimentar os pobres patrocinados pela igreja, contradizem o ensinamento de Jesus em João 6.
Jesus e os sinais. Em João 6:30-32 a multidão exigia um sinal de Jesus “para que o vejamos e creiamos em ti”. Parece que a alimentação milagrosa que eles tinham experimentado já tinha perdido seu impacto, e agora era preciso mais um sinal. O Senhor fazia sinais para ensinar verdades espirituais (Lucas 5:23-25) e identificar-se como o Messias prometido que operava com o poder de Deus (Lucas 7:20-23; Atos 2:22). Note como ele esperava que seus apóstolos compreendessem seu poder total pela alimentação das 5.000 pessoas (Marcos 6:51-52; 8:14-21). Quando havia pouco interesse em entender a mensagem dos sinais, ele executava poucos milagres e apontava para sua ressurreição como o sinal especial que seria dado aos judeus que buscavam sinais (Mateus 12:38-40; 13:58; Marcos 6:4-6). Sempre que a descrença impedia que os sinais de Cristo mostrassem seu poder e princípios, eles não podiam servir para nenhum outro propósito além do sensacionalismo o qual necessitaria de constante repetição para manter o povo estimulado a receber o reino. Mas Cristo nunca quis fervor artificialmente provocado; ele queria produzir convicção que resiste a todas as fases da vida e traz naturalmente amor, zelo, felicidade e emoções que louvam seu nome.
Jesus e as palavras de vida. Jesus disse a essa multidão, “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (João 6:63). As palavras que Jesus disse são o meio usado pelo Pai para ensinar e levar homens ao seu Filho, Jesus, o qual o Pai enviou como sua testemunha (João 6:44-46). Aqueles que aprendem essas palavras e vivem por elas “comem o pão da vida”, “absorvendo” sua carne e sangue sacrificados pela vida do mundo (João 6:51-58). Jesus, o Filho, nem perderá nem expulsará tais fiéis, mas os ressuscitará no último dia para a vida eterna (João 6:37,39-40). Aqueles de mente carnal, dessa multidão, estavam cegos para a mensagem espiritual de Cristo e se afastaram com desgosto daquilo que eles viam como absurdo, doutrina canibalista, e Cristo nem tentou acomodá-los (João 6:52,60,66-69). Hoje, os homens de mente secular também ridicularizam a mensagem de Cristo como fora de moda, que não consegue atender as necessidades modernas do homem, os quais surgem do meio cristão para secularizar o reino. Como Cristo, não nos acomodemos com eles, mas permaneçamos fiéis à sua mensagem e reino, que conduzem à salvação de nossas almas.
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