O Reino do Velho Testamento

por Bob Waldron

No Velho Testamento lemos sobre o reino de Deus, mas também lemos sobre um reino que ele estabeleceria mais tarde (Daniel 2:44). Se não levarmos em conta ambos os fatos, não podemos ter um entendimento claro do assunto.

O domínio universal de Deus

O Salmista escreveu, “O Senhor preside aos dilúvios; como rei, o Senhor presidirá para sempre” (Salmo 29:10). Ezequias, quando ameaçado pelos assírios, orou, “Ó Senhor, Deus de Israel, que estás entronizado acima dos querubins, tu somente és o Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra” (2 Reis 19:15). O domínio de Deus sobre os céus e a terra é eterno e universal, e é baseado em seu papel de Criador e Mantenedor.

O Reino de Israel, o povo de Deus

No Monte Sinai, Deus disse a Israel: “Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa” (Êxodo 19:6). Evidentemente, Deus tencionava que Israel fosse um reino, mas um reino sob seu domínio.

Em Deuteronômio 17:14-20, Deus deu leis especificamente para os reis que Israel teria mais tarde. Por outras passagens, contudo, temos que concluir que Deus estava prevendo a exigência prematura de Israel por um rei, e não sua voluntária concessão de um rei.

Os que eram espiritualmente inclinados entre o Israel físico sabiam que Deus era o verdadeiro rei de Israel. Quando Israel pediu um rei, o Senhor disse a Samuel: “Não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele” (1 Samuel 8:7; 12:12).

Quando Saul fracassou, Deus escolheu outro líder, Davi. Ele não era um homem sem pecado, mas sua atitude para com Deus era tal que Deus considerava Davi um homem que lhe agradava (1 Samuel 13:14). Portanto, ele prometeu a Davi que estabeleceria seu trono, e o trono de seu filho para sempre (1 Crônicas 17:11,14). O destino de Davi tornou-se entrelaçado com a vinda do Messias, de modo que Davi se tornou um tipo, ou seja, uma sombra do Messias.

Davi se viu como rei de Israel, mas ele e outros israelitas espirituais perceberam que ele era realmente apenas um príncipe de Deus; o reino de Israel ainda era de Deus. Abias, filho de Roboão, reprovou a Jeroboão filho de Nebate e seus seguidores, dizendo: “Não vos convém saber que o Senhor, Deus de Israel, deu para sempre a Davi a soberania de Israel, a ele e a seus filhos?” “Agora, pensais que podeis resistir ao reino do Senhor, que está nas mãos dos filhos de Davi?” (2 Crônicas 13:5,8).

O Reino do Messias

Deus não pensou em enviar seu Filho somente depois que Israel pediu um rei. Ele predisse através de Jacó que o “cetro” não se separaria de Judá até que Siló viesse, e a ele seria a obediência dos povos (Gênesis 49:10). Essa passagem estabelece tanto a identidade real daquele chamado Siló e o domínio universal que ele teria. Muito tempo antes de Israel se tornar um reino, já estava no propósito de Deus enviar um Rei, o Cristo.

Assim como Israel fracassou em ser a nação santa que Deus desejou, também os reis do Velho Testamento fracassaram em governar com perfeita justiça e eqüidade. Em contraste, Deus disse, “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra” (Jeremias 23:5).

Ainda que o domínio de Deus existisse antes da vinda de Cristo, havia algum sentido no qual o reino seria estabelecido de uma forma que não tinha existido anteriormente (Daniel 2:44). Seria o reino de Deus entregue nas mãos do Ungido de Deus. Numa visão, Daniel viu ser dado ao Messias, “domínio, e glória, e o reino” (Daniel 7:14). Esse reino o Messias partilharia com os santos (Daniel 7:18).

Deus faria do Messias um rei: “Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião” (Salmo 2:6). Ele seria o governador escolhido por Deus: “de ti me sairá o que há de reinar em Israel” (Miquéias 5:2). Ainda que o Messias fosse rei, ele governaria pelo Pai (Obadias 21).

No reino messiânico, não haveria reino físico, nem identidade ou território físico. Portanto, no reino da nova aliança não poderá haver, nenhuma distinção entre o cristão e o verdadeiro cristão. Participar do reino de santidade exigiria que se fosse verdadeiramente santo (Zacarias 14:16-21).

No reino de Cristo, Deus tem seu rei ideal, e tem sua nação santa, a nação que ele quis desde a fundação do mundo.


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