O Planeta Sustentável? (mp3)
Quando meus filhos eram pequenos, eles me achavam “chato” por não deixá-los jogar um papel de embalagem de chiclete na calçada. Ouviram muitas vezes que o lixo vai na lixeira. Até hoje, fico triste e revoltado quando vejo o descaso de pessoas que jogam lixo nas ruas e nos córregos, quando respiro o ar poluído de uma grande metrópole, e quando vejo práticas de abuso exagerado dos recursos naturais que usamos para viver. Acredito que Deus nos deu o direito – ou melhor, o privilégio – de usar e dominar a natureza para nosso bem (Gênesis 1:27-29). Creio que devemos, como seres humanos nesta posição de responsabilidade, ser cuidadosos com estes recursos para não prejudicar desnecessariamente as outras pessoas que dividem o mesmo espaço neste mundo.
Mas algumas expressões e atitudes nos movimentos de proteção do meio ambiente me deixam ainda mais triste e revoltado. Enquanto eu concordo em não usar três folhas de papel toalha quando dá para secar as mãos com duas, eu discordo fortemente da sugestão que esta atitude possa determinar a sustentabilidade do planeta no qual habito. Acredito que todos os cristãos devem achar tal linguagem ofensiva, pois sugere que nós, seres humanos, tenhamos poder para determinar a sobrevivência ou a destruição do mundo. A Bíblia afirma outra coisa. No livro de Hebreus, que fala da posição exaltada de Jesus, o autor diz que o Filho de Deus vive “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1:3; cf. Colossenses 1:16-17).
Pessoas que acreditam na teoria inacreditável que o mundo e tudo que nele está passaram a existir por acaso e pela boa sorte de acontecimentos aleatórios podem até acreditar que o homem seria capaz de determinar o fim do seu próprio mundo. Mas as pessoas que acreditam no Criador também reconhecem que ele é o Sustentador que destruirá este universo como e quando ele quiser. Na hora determinada por Deus, que virá sem aviso, “os céus passarão como estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. . . . todas essas coisas hão de ser assim desfeitas” (2 Pedro 3:10-11).
Como já falei, sou a favor de práticas responsáveis de gerência e preservação de recursos naturais. Mas a salvação de almas é muito mais importânte do que a preservação de baleias, algas, árvores ou rãs. A mensagem de urgência que precisamos divulgar hoje não é “salvar o planeta”, é “salvar os homens e mulheres perdidos no pecado”. “Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade” (2 Pedro 3:11).
Não deixe a fascinação com coisas materiais ou os cuidados do mundo tirar sua atenção da mensagem eterna e essencial do evangelho (Mateus 13:22-23). Busque, com urgência e diligência, o Criador e Sustentador do universo. Ele oferece a salvação eterna “para todos os que lhe obedecem” (Hebreus 5:9).
–por Dennis Allan
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