A vinda do reino do Senhor é um tema bem elaborado no Antigo Testamento que criou uma expectativa entre os judeus nos séculos antes da chegada de Jesus. Eles conheciam profecias em que Deus prometeu constituir seu Rei em Sião (Salmo 2:6-9) e juntar os ofícios de rei e sacerdote em um domínio eterno (Salmo 110). Conheciam a interpretação que Daniel fez de um sonho do rei Nabucodonosor encerrando com a promessa que, nos dias dos reis do quarto reino (uma referência ao império romano), “... o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2:44).
Quando João Batista e Jesus Cristo começaram a pregar sobre a iminência do reino dos céus (Mateus 3:2; 4:17), os judeus prestaram atenção. Alguns perguntaram para Jesus sobre a vinda do reino (Lucas 17:20). Nos últimos dias antes da crucificação de Jesus, a mulher de Zebedeu pediu que os seus filhos, Tiago e João, recebessem posições de influência no reino. Mesmo depois de todo o ensinamento feito por Jesus ao longo de mais de três anos, a última pergunta dos apóstolos antes de sua ascensão foi sobre o tempo de restaurar o reino a Israel (Atos 1:6). Parece que ainda alimentavam a esperança de um reino terrestre.
Até os dias de hoje, a expectativa de um reino terrestre domina o pensamento e o ensinamento de muitos religiosos. Extraindo pedacinhos de diversos textos, sem consideração adequada dos seus contextos, alguns defendem a noção de que Jesus ainda estabelecerá um reino terrestre. Muitos olham para a cidade física de Jerusalém, enquanto diversas seitas têm identificado outros locais como o centro deste esperado reino futuro. Não é necessário conhecer tudo que as Escrituras dizem sobre o reino para perceber a falácia destes ensinos populares. Algumas afirmações básicas nos levam a um outro entendimento do reino do Senhor:
(1) Jesus disse que o reino de Deus chegaria antes da morte de alguns que ouviram seus ensinamentos pessoalmente quase 2.000 anos atrás: “Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus” (Marcos 9:1). Desta afirmação, podemos chegar a uma das seguintes conclusões: (A) Jesus mentiu, ou (B) Ele fracassou e não conseguiu estabelecer seu reino, ou (C) Há pessoas com quase 2.000 anos de idade ainda vivas hoje esperando o cumprimento desta profecia de Jesus, ou (D) O reino foi estabelecido naquela geração como Jesus disse. Para as pessoas que acreditam em Jesus e suas palavras, esta quarta é a única conclusão adequada. Jesus já estabeleceu o seu reino.
(2) Em um comentário feito 30 anos depois desta afirmação de Jesus, o apóstolo Paulo disse que o reino já existia: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Colossenses 1:13-14). Se Deus já transportou pessoas para o reino, este reino já foi estabelecido!
(3) Jesus ensinou que seu reino era espiritual e celestial, e não político e material. Ele disse: “Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:20-21). Quando o governador Pilatos perguntou, Jesus não negou sua posição de rei, mas apresentou uma visão do reino bem diferente da noção material: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (João 18:36). Como rei, ele exerce autoridade total (Mateus 28:18) e ocupa seu devido lugar à destra do Pai (Atos 2:34-36; Hebreus 1:3).
Como Daniel profetizou no sexto século a.C., Jesus recebeu “domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Daniel 7:14). Jesus reina atualmente e para sempre como “o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1:5), o verdadeiro “Senhor dos senhores e o Rei dos reis” (Apocalipse 17:14). Só resta uma pergunta importantíssima para nós: Vivemos em submissão à vontade do soberano Rei?
-Dennis Allan
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