O Castigo dos Fantoches
Todos nós conhecemos fantoches na nossa infância. Com aparência de um animal ou ser humano, o fantoche é manipulado por uma pessoa. A mesma expressão aparece no estudo da História para descrever vassalos, reis dominados por outros reis. Quando grandes impérios conquistavam novas regiões, reis eram subjugados, mas mantinham seus títulos e o poder de governar, dentro de limites estabelecidos pelo poder superior, o imperador. Quando esses fantoches não obedeciam aos imperadores, foram castigados ou tirados do poder, e os imperadores colocaram outros fantoches no seu lugar.
Encontramos vários vassalos entre os últimos reis de Judá. Acaz ficou desesperado quando vizinhos atacaram sua terra e pediu a proteção da Assíria. O custo foi alto, pois Tiglate-Pileser, o rei assírio, tomou controle do país e exigia pagamento de tributos altos (2 Crônicas 28:16-21). Décadas depois, o rei egípcio, Faraó-Neco, colocou um dos filhos de Josias no trono. Ele mostrou seu domínio quando mudou o nome desse rei de Eliaquim para Jeoaquim (2 Reis 23:34-35). Quando o Egito perdeu campo para a Babilônia, Jeoaquim passou a ser fantoche do rei babilônico (2 Reis 24:1). Poucos anos depois, Nabucodonosor tirou outro rei do trono e colocou Zedequias no seu lugar (2 Reis 24:17).
Todos esses eram fantoches de reis pagãos, e todos adoravam deuses pagãos. Mesmo sendo manipulados por outros, eles foram responsáveis por seus atos e condenados por Deus pelos seus pecados. Acaz cometeu transgressões que provocaram Deus à ira (2 Crônicas 28:22.25). Jeoaquim foi condenado por suas abominações, pecados especialmente ofensivos a Deus, e por não ouvir as repreensões do Senhor (2 Crônicas 36:5-8; Jeremias 22:21-22). Zedequias foi tão rebelde que Deus chegou ao ponto de dizer que não houve mais remédio para salvar o povo da destruição iminente (2 Crônicas 36:11-16).
Todos nós vivemos em submissão a alguma autoridade humana. Deus ensinou que a mulher deve ser submissa ao marido, o filho obediente aos pais, o empregado submisso ao empregador, o cidadão subordinado ao governo e cristãos obedientes aos presbíteros (pastores) na igreja (Efésios 5:22; 6:1,5; 1 Pedro 2:13-17; Hebreus 13:17). Mas os submissos ainda são responsáveis pelos seus atos. Se tiver conflito entre as ordens das autoridades humanas e a palavra de Deus, devem se lembrar das palavras dos apóstolos: “É mais importante obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).
-por Dennis Allan
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