O Pensamento Positivo Não Resolve
Várias vertentes religiosas incentivam o pensamento positivo como a maneira de garantir sucesso. Alguns evangélicos pregam a doutrina do poder do pensamento positivo. Kardecistas falam de boas energias e vibrações positivas. Muitos sugerem que a chave do sucesso está na visualização da vitória.
Tais filosofias procuram o sucesso dentro da própria pessoa, acreditando que pensamentos, energias, e vibrações emanando da pessoa podem determinar o futuro. Essas ideias não vêm do uso correto das Escrituras, pois elevam a vontade humana enquanto ignoram a vontade de Deus.
Tiago alertou os cristãos sobre o perigo da arrogância nos seus planos: “Escutem, agora, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e faremos negócios, e teremos lucros.’ Vocês não sabem o que acontecerá amanhã. O que é a vida de vocês? Vocês não passam de neblina que aparece por um instante e logo se dissipa” (Tiago 4:13-14). Tiago alerta as pessoas que confiavam nos seus pensamentos positivos sobre o grande perigo da sua arrogância.
O poder não está em quem pensa, vibra ou ora, e sim em Deus, que ouve as orações dos fiéis. Tiago continua: “Em vez disso, deveriam dizer: ‘Se Deus quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.’ Agora, entretanto, vocês se orgulham das suas arrogantes pretensões. Todo orgulho semelhante a esse é mau” (Tiago 4:15-16). Deus pode ceder o que o fiel solicita, mas também pode negar seu pedido, como ele fez com o apóstolo Paulo, um dos mais dedicados servos do Senhor (2 Coríntios 12:8-9).
Paulo aprendeu o que nós devemos aprender. Apesar das doutrinas distorcidas de pregadores que tiram textos do seu contexto, Deus nunca prometeu ceder tudo que pedimos. Orações são ouvidas e respondidas conforme condições impostas pelo próprio Senhor. Entre as condições estão a necessidade da obediência da pessoa que pede (1 João 3:22), e o respeito demonstrado na maneira de tratar outras pessoas (1 Pedro 3:7; Mateus 5:23-24; 6:14-15).
Acima de todas as condições está a vontade do Soberano Deus. O próprio Jesus respeitou esta condição quando orou ao Pai: “Contudo, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39). O apóstolo João resumiu esse ensinamento: “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 João 5:14).
O poder não está em quem pensa ou ora, está em quem ouve e responde.
-por Dennis Allan
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