Estudos Bíblicos

Sermão do Monte - Mateus 6:16-18

Aflição Inútil (29)

“Quando vocês jejuarem, não fiquem com uma aparência triste, como os hipócritas; porque desfiguram o rosto a fim de parecer aos outros que estão jejuando. Em verdade lhes digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando jejuar, unja a cabeça e lave o rosto, a fim de não parecer aos outros que você está jejuando, e sim ao seu Pai, em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa” (Mateus 6:16-18).

Durante a vigência da Lei de Moisés, o jejum foi a maneira comum de afligir ou humilhar a alma, a exigência da comemoração anual do Dia de Expiação (Levítico 16:31). Essa aflição demonstrava a tristeza por causa do pecado na procura da presença do Senhor. Os judeus jejuavam em ocasiões de tristeza. Até a época de Jesus, porém, jejuar se tornou uma maneira de mostrar a espiritualidade para os outros, e assim alguns religiosos se gabavam da frequência dos jejuns (Lucas 18:11-12) e chamava atenção ao sofrimento dessa aflição. Dessa maneira, o jejum perdeu seu significado. No lugar de humilhação, servia para auto exaltação. Quando a aflição deveria ser para se aproximar de Deus, esses religiosos jejuavam publicamente para ganhar a honra dos outros seres humanos.

A orientação de Jesus contrariou totalmente essa perversão hipócrita dos jejuns. Ele colocou a prática de volta no seu devido lugar, um ato particular e íntimo entre a pessoa e Deus.

Com a morte de Jesus e a transição da Antiga à Nova Aliança, o lugar do jejum mudou. Os cristãos não têm nenhuma festa anual de humilhação coletiva. Enquanto o Dia da Expiação servia para relembrar os judeus do peso do pecado, os cristãos se reúnem semanalmente para focalizar o livramento do pecado realizado no sacrifício de Jesus (Lucas 22:19-20; Atos 20:7). Os seguidores de Jesus andam na luz da presença do Senhor (1 João 1:5-7) confortados em entender que ele habite nos fiéis (João 14:23). O próprio Jesus disse que o jejum não faz sentido para quem está na presença dele (Lucas 5:34).

Isso significa que cristãos nunca jejuam? Não. Os cristãos primitivos jejuavam em momentos de grandes decisões (Atos 13:2-3; 14:23). Qualquer cristão pode enfrentar situações em que voluntariamente se humilha, talvez em tristeza por causa dos seus próprios pecados contra Deus, e decide se abster de comida para buscar a comunhão mais íntima com Deus. Quando se faz assim, outros nem perceberão, porque o verdadeiro discípulo não jejua para chamar atenção para si.

-por Dennis Allan


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