O autor de Salmo 94 clamou a Deus por justiça. Principalmente reclamou do poder de pessoas corruptas e violentas que oprimiam o povo do Senhor: “Esmagam o teu povo, SENHOR, e oprimem a tua herança. Matam a viúva e o estrangeiro e aos órfãos assassinam. E dizem: O SENHOR não o vê; nem disso faz caso o Deus de Jacó” (Salmo 94:5-7).
O salmista foi ao coração do problema. Quando pessoas se consideram impunes diante de Deus, ou até rejeitam a noção da existência de Deus e de qualquer padrão divino de moralidade e ética, não há limite à sua perversidade e crueldade. Várias tendências na nossa sociedade, algumas delas com suas raízes séculos atrás, contribuem à ideia de impunidade. Considere as implicações práticas de algumas filosofias influentes nos últimos séculos e compare estes pensamentos com as atitudes manifestadas no Salmo acima citado.
Embora alguns traçam suas raízes aos antigos filósofos gregos, e citam Galileu e Newton como figuras importantes no seu desenvolvimento, o deísmo é mais conhecido como filosofia que ganhou força nos séculos recentes pelos escritos de homens como John Locke (filósofo inglês do final do século 17), Voltaire (filósofo francês do século 18), Thomas Jefferson (um dos fundadores da democracia norte americana) e outros. O deísmo não nega a existência de Deus, e muitos deístas tem defendido como óbvia a existência de um criador inteligente. O que identifica o deísmo é a noção de não existir um deus “interferente”, ou seja, um Deus que age em relação aos seres humanos. Assim, Deus não seria o revelador de leis morais e não traria nenhum castigo ou recompensa para os homens.
Poucas décadas depois do trabalho de alguns dos principais autores deístas, Charles Darwin ofereceu uma outra saída para pessoas revoltadas pela ideia de princípios morais e éticos determinados por um ser divino (uma revolta antiga - veja Salmo 2:1-3). Na apresentação da sua teoria da evolução, que se tornou a explicação aceita por muitos cientistas e filósofos, Darwin ofereceu um mecanismo para os seres humanos se acharem livres de qualquer imposição divina. Se somos produtos de processos naturais, não há um ser superior que nos governa.
Ao longo dos últimos séculos, boa parte do mundo tem se tornado cada vez mais secular (voltado às coisas deste mundo e tempo, ao invés de ser preocupado com questões eternas), qualquer noção de envolvimento divino sendo empurrado mais e mais longe das realidades do dia a dia. Muitos governantes evitam ou até proíbem a consideração de qualquer princípio de lei divina, acreditando nos moldes da democracia que o próprio governo, como representante do povo, determina o que é certo ou errado. Desta maneira, governos e os povos por eles guiados se tornam cada vez mais tolerantes de todo tipo de conduta imoral. Pesquisadores podem determinar que “a principal causa de mortalidade infantil entre os ianomâmis” (um povo indígena da Amazônia) é a “prática cultural” das mães matarem seus próprios filhos quando nascem com defeito ou do sexo indesejado, e órgãos do governo conseguem fechar os olhos e negar proteção para tais crianças (Fonte: Marcelo Santos, “Bebês indígenas, marcados para morrer”). E se as pessoas cultas e civilizadas que leem jornais como este acham tal fato uma barbaridade inadmissível, precisam encarar a realidade de que 97 países representando 2/3 da população mundial recusam proteção à vida antes do nascimento, permitindo aborto legalizado. Juntando os abortos legais com os ilegais, estima-se um total atual de 126.000 abortos por dia no mundo, ou seja, para 46 milhões de crianças é negado o direito de nascer cada ano. Por quê? Porque a opinião popular apóia tal prática e não se preocupa com qualquer noção de princípios morais revelados por um criador!
Poderíamos acrescentar exemplos de maus tratos aos pobres, corrupção de líderes do governo, violência desenfreada etc. Precisamos ouvir a resposta do mesmo salmista: “Atendei, ó estúpidos dentre o povo; e vós, insensatos, quando sereis prudentes? O que fez o ouvido, acaso, não ouvirá? E o que formou os olhos será que não enxerga? Porventura, quem repreende as nações não há de punir? Aquele que aos homens dá conhecimento não tem sabedoria?” (Salmo 94:8-10).
–por Dennis Allan
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