As palavras pronunciadas por Jesus durante suas horas na cruz mostraram seu caráter e sua preocupação com os seres humanos que ele veio para salvar. Seu amor ilimitado se estendeu até às pessoas diretamente responsáveis pela sua morte e às pessoas que o maltrataram durante suas horas de sofrimento no Calvário. Entre as pessoas que ouviram palavras de compaixão e misericórdia da boca de Jesus estava um criminoso crucificado ao seu lado.
Jesus foi crucificado entre dois criminosos. Diferente do homem perfeito na cruz do meio, esses dois foram condenados por crimes que cometeram, como um deles admitiu: “recebemos o castigo que os nossos atos merecem” (Lucas 23:41). Apesar de estarem na mesma situação, sofrendo as dores da morte, esses malfeitores participavam da zombaria contra Jesus (Mateus 27:44). Mas durante as horas que passaram, um dos ladrões mudou o seu pensamento e repreendeu o outro por seus comentários sobre Jesus (Lucas 23:39-41). Depois, ele fez o mais importante pedido da sua vida: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (Lucas 23:42).
O que adianta fazer um pedido a um moribundo? Os outros que blasfemavam Jesus acreditavam que aquele dia seria o fim da sua história. Achavam que a morte seria a derrota final, e que estariam livres do Nazareno de uma vez por todas. Os principais religiosos falaram sobre Jesus: “Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se” (Marcos 15:31). Olharam para o corpo de Jesus suspenso na cruz e viram apenas fraqueza e derrota.
A petição do ladrão reflete a sua fé, em contraste com a falta de fé dos outros que estavam presentes. Ele acreditou que Jesus, apesar da sua morte, ainda reinaria! Ele confiou na vitória sobre a morte, não acreditando na derrota de Jesus na cruz. E mais ainda, ele acreditou no poder de Jesus para cuidar dos outros.
A resposta de Jesus não foi nada menos impressionante. “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42). Embora alguns tenham tentado explicar estas palavras de outra forma, o entendimento mais comum é o único coerente no contexto da obra redentora de Jesus. Ele perdoou e salvou o ladrão! Foi um gesto de compaixão que sinalizava o efeito salvador do sangue que foi derramado naquele dia. O apóstolo Paulo escreveu alguns anos depois: “Fiel é esta palavra, e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15). O próprio Jesus, horas antes de ser pregado na cruz, levantou um cálice e explicou o significado que tomaria para o futuro: “porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus 26:28). O ladrão na cruz se tornou beneficiário desta grande bênção da salvação!
É triste ver o relato da salvação desse homem distorcido para defender doutrinas que não vêm das Escrituras. Nos dias de hoje, muitos usam o exemplo do ladrão para justificar sua desobediência das palavras de Cristo. Quando se deparam com as palavras de Jesus: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Marcos 16:16), muitas pessoas citam a salvação do ladrão (sem nenhuma menção do batismo) para dizer que o batismo não tem importância na salvação do pecador hoje. Podemos esclarecer essa questão facilmente quando olhamos para alguns outros fatos no Novo Testamento.
Jesus, sendo Deus, perdoou os pecados de várias pessoas durante seu tempo na terra. O ladrão toma sua posição ao lado de um paralítico em Cafarnaum (Marcos 2:5-10), uma mulher que lavou os pés de Jesus na casa de Simão (Lucas 7:48) e outros. Depois da sua morte, seu testamento entrou em vigor (Hebreus 9:15-17). Nesse testamento, a Nova Aliança, Jesus enviou seus apóstolos para fazer discípulos e batizar as pessoas que queriam ser perdoadas para entrar em comunhão com Deus (Mateus 28:19-20).
Não é preciso sofrer em uma cruz, como fez o ladrão, para ser salvo, mas é necessário demonstrar a fé em obediência à palavra de Jesus Cristo para receber o dom que ele oferece (Hebreus 5:9).
–por Dennis Allan
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