A igreja deve rejeitar o erro? Espere aí! A mera sugestão da responsabilidade da igreja de rejeitar erro frequentemente traz um coro de censura, citando as palavras de Jesus: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mateus 7:1). Além da ironia de alguém usar estas palavras para julgar que o outro esteja julgando, tal aplicação demonstra falta de entendimento dos ensinamentos de Jesus e dos apóstolos.
Devemos começar com um entendimento correto dos ensinamentos de Jesus sobre a questão de julgar. Quando continuamos a leitura de Mateus 7, percebemos que Jesus condena o julgamento hipócrita, de condenar alguma coisinha na vida do outro enquanto justificamos erros bem maiores em nossa vida (leia Mateus 7:1-5). O mesmo capítulo inclui instruções de Jesus que exigem o julgamento de outros: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:15-20).
Paulo ensinou sobre a mesma responsabilidade quando escreveu à igreja em Tessalônica: “julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal” (1 Tessalonicenses 5:21-22).
A responsabilidade de distinguir entre certo e errado, bom e mau, estende-se às obrigações da igreja em vários sentidos práticos. Consideremos dois exemplos:
1) A igreja deve rejeitar doutrinas falsas e as pessoas que as ensinam. Diferente das igrejas atuais que defendem a confusão pluralista, a igreja primitiva visava a pureza doutrinária. Os cristãos no primeiro século foram ensinados a crer, falar e praticar a mesma coisa (1 Coríntios 1:10). Acreditavam em um evangelho único e exclusivo (Gálatas 1:6-9) entregue uma vez por todas aos santos (Judas 3). Por esses motivos, rejeitavam pessoas que pregavam doutrinas divergentes (Gálatas 1:8; 2 João 9-11). Paulo instruiu a igreja em Roma sobre a necessidade de se afastar de falsos mestres: “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Romanos 16:17-18).
2) A igreja deve rejeitar as pessoas que persistem na rebeldia contra Deus. A igreja de Corinto sofreu com o problema de um homem que vivia na imoralidade e recusava se arrepender. Quando o apóstolo Paulo ouviu sobre o caso, ele verificou os fatos e ensinou a igreja a tomar uma atitude forte: “Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]. . . Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor” (1 Coríntios 5:3-5,13). Aos tessalonicenses, ele escreveu: “Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado” (2 Tessalonicenses 3:14).
O propósito desses ensinamentos fortes não é de criar uma igreja orgulhosa, cheia de pessoas que se acham superiores aos outros. Cristãos são apenas pessoas perdoadas que buscam agradar ao seu Salvador. Deus deseja, ou melhor, exige um povo santo, uma igreja composta de pessoas que decidiram abandonar o pecado para servir a ele. Seus servos não são perfeitos, mas não podem desistir da busca da santidade nas suas vidas. Por esse motivo, precisam ensinar e praticar a verdade, e recusar as pessoas que persistem na rebeldia contra Deus.
–por Dennis Allan
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