Durante uma visita a Jerusalém para participar de uma festa dos judeus, Jesus encontrou um paralítico em um lugar chamado Betesda, que significa “casa de misericórdia” ou “casa de graça”. O homem havia sofrido da sua enfermidade durante 38 anos quando Jesus parou e perguntou se queria ser curado (João 5:1-6).
Como as curas físicas de Jesus foram sinais do seu poder de efetivar curas espirituais, devemos já parar e refletir sobre o significado da pergunta que ele fez a esse homem enfermo: “Queres ser curado?”. Talvez a resposta pareça tão óbvia que qualquer leitor acharia a pergunta totalmente desnecessária, mas Jesus fez a pergunta de propósito. Quem olharia para um homem sofrendo de uma enfermidade debilitante e questionaria sua vontade de ser curado?
Enquanto refletimos sobre essa pergunta, devemos pensar em outro comentário sobre uma outra visita de Jesus à mesma cidade. João disse: “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome; mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana” (João 2:23-25). Creram. Supostamente desejavam a cura espiritual que somente Jesus oferecia. Mas Jesus conhecia as pessoas e sabia que não foi bem assim.
A pergunta ao paralítico, alguns meses depois, serve de ocasião para todos os leitores do evangelho segundo o apóstolo João refletirem sobre sua própria reação à misericórdia de Jesus. Embora esse homem estivesse em um lugar onde pessoas esperavam receber alguma graça, será que ele considerava a cura uma esperança realista? Será que realmente olhava para cada pessoa que passava imaginando que um dia receberia uma oferta de libertação da sua enfermidade?
Quando aplicamos esse exemplo na esfera espiritual, a realidade não é diferente. Será que nós nos acostumamos com o nosso estado espiritual como pessoas paralisadas por pecados e vícios, ao ponto de nem pensar mais na possibilidade de uma cura? E se alguém parasse para oferecer uma solução ao nosso problema, qual seria a nossa resposta? O triste fato é que muitos não têm vontade de sair do pecado. Quando a escolha é entre a vida egoísta na busca de prazeres fatais e uma vida de obediência ao Senhor que leva à vida eterna, a maioria rejeita qualquer noção de salvação e cura espiritual.
A resposta do homem em Jerusalém à pergunta de Jesus mostrou sua vontade de ser curado, mas ele reconheceu sua própria incapacidade. Acreditando na possibilidade de uma cura milagrosa no tanque de Betesda, ele explicou seu problema: “Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim” (João 5:7). Sua vontade de ser curado foi implícita, mas ele não tinha condições de livrar-se da sua enfermidade sozinho. Que bom que esse homem se encontrou na presença do Deus de misericórdia e graça!
Mesmo quando temos a vontade de nos livrar do pecado, que não é o caso para a maioria das pessoas (João 3:19), ainda é preciso admitir, como fez o paralítico, a nossa incapacidade. O homem consegue se perder por sua própria vontade e força, mas não tem condições de resolver o problema do pecado sozinho. Precisa da graça e misericórdia de Deus.
E quando Jesus estende a oferta da salvação, o que fazemos? Viramos as costas, negando a importância do livramento que ele nos oferece? Procuramos resolver o problema por nossas próprias forças, negando a necessidade da graça divina?
A única resposta sensata é a mesma feita pelo homem enfermo em Betesda: reconhecer a nossa necessidade, admitir a nossa impotência, e aceitar a graça oferecida pelo Senhor. E quando ele diz: “Levanta-te, toma o teu leito e anda” (João 5:8), devemos ser obedientes e deixar para trás o pecado que nos prendia durante tanto tempo. Quando estudamos textos como João 5, devemos lembrar que “a palavra de Deus é viva, e eficaz, e . . . apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hebreus 4:12). Precisamos admitir a nossa necessidade, buscar a solução, e obedecer as instruções de Jesus, o único que pode nos salvar!
– por Dennis Allan
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