Se não conhece nada sobre Deus, como falar com ele?
Na importante mensagem que Jesus apresentou no sermão do monte, ele ofereceu várias orientações sobre as orações. O Senhor deu destaque especial às atitudes erradas que impedem as orações. Usou o exemplo dos líderes religiosos que oravam para receber glória para si (esse problema de hipocrisia foi o assunto do último artigo). Um segundo empecilho às orações é a ignorância. Algumas orações mostram a ignorância total do suplicante sobre a natureza do Deus que ouve suas petições. Esse foi o segundo tema abordado por Jesus no seu pequeno discurso sobre a oração.
Jesus disse: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mateus 6:7-8).
O problema dos hipócritas (Mateus 6:5-6) foi sua falta de entendimento de si mesmo, porque se achavam até mais importante do que Deus. O problema dos pagãos, porém, foi falta de entendimento de Deus. As orações eram ineficazes e até ridículas porque não sabiam nada da natureza de Deus.
Essas pessoas, na sua ignorância, acreditavam que o poder estava na maneira certa de falar e nas suas repetições. Novecentos anos antes de Jesus ensinar sobre essas orações vãs, Elias confrontou os profetas do falso deus, Baal, no monte Carmelo. Oravam durante horas, dançando, gritando e até cortando sua pele para sangrar, e esse deus impotente e imaginário não respondeu (1 Reis 18:24-29). Até aos dias de hoje, muitas pessoas acham que a maneira de invocar algum poder divino seja por meio de recitações das palavras e fórmulas certas, frequentemente repetidas.
Deus não é algum poder mágico invocado por encantações e feitiços. Ele não espera dos seus seguidores a repetição de palavras especiais memorizadas. Pessoas que oram dessa maneira desrespeitam o próprio Senhor, pois ele claramente disse para não adotar essas práticas.
Jesus corrige essas noções erradas quando comenta sobre a natureza de Deus, pois o problema dessas repetições vãs é a ignorância sobre o Pai celestial. Ele disse que, antes do o homem pedir, Deus já sabe do que precisa.
A confiança das orações não se baseia na perfeição das palavras, nem na perfeição do suplicante. Podemos orar com confiança por causa da perfeição de Deus. Ele é o Pai bondoso que deseja o nosso bem e responde às nossas orações com esse intuito.
Isso não significa que ele simplesmente ouve e responde a todas as orações. A confiança que Jesus reforçou tem suas raízes no relacionamento especial que existe em uma família. Ele descreve Deus aos seus discípulos como “vosso Pai” (Mateus 6:8). Um dos discípulos que ouviu o sermão do monte esclareceu esses ensinamentos algumas décadas depois. João, o filho de Zebedeu, frisou a importância da comunhão com Deus em todos os aspectos da nossa vida, inclusive nas orações. Falou da importância de uma consciência limpa e de um coração cheio do amor demonstrado por Jesus na cruz. Para aqueles que andam nessa comunhão, há confiança de terem suas orações ouvidas: “Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável” (1 João 3:21-22). Para os verdadeiros filhos de Deus, a oração é uma conversa íntima de filho e pai. Ele não quer repetições sem sentido, nem palavras mágicas. Ele é um Pai bom que quer ouvir os sentimentos dos corações dos seus filhos. Tendo um Pai espiritual que define o amor, seus filhos não usam a oração por motivos egoístas e materialistas. Sempre procuram orar conforme a vontade do Pai: “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 João 5:14).
Não precisamos superar a surdez divina; precisamos vencer a ignorância humana sobre Deus!
–por Dennis Allan
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