Charles Vacca morreu na semana passada, vítima de um acidente no seu trabalho de instrutor de artilharia no estado norte americano de Arizona. Vacca, um instrutor profissional e experiente, ensinava uma menina de nove anos a atirar num alvo usando uma submetralhadora Uzi. Os pais da menina acompanharam, autorizaram e filmaram a aula. Esses adultos, os pais e o próprio instrutor, literalmente colocaram nas mãos de uma criança uma arma de guerra que acabou sendo o instrumento de morte desse homem.
Em outro estado do mesmo país, seis anos atrás, Christopher Bizilj, um menino de oito anos em circunstâncias quase iguais (instrutor profissional, a autorização do pai presente), também perdeu controle de uma arma do mesmo tipo. Não matou o instrutor. A vítima, nesse caso, foi a própria criança. Christopher não completou nove anos de vida.
Histórias desse tipo provocam ultraje na mídia, especialmente em países como o Brasil onde as leis são menos permissivas. A pergunta válida que circula depois de tais incidentes é: “O que estavam pensando quando colocaram uma arma dessas nas mãos de uma criança?”
Enquanto não compreendo, não concordo e não defendo o procedimento dos adultos responsáveis nesses casos, é muito mais fácil nos exaltar e passar o tempo julgando os outros quando poderíamos aproveitar lições importantes e valiosas para as nossas próprias vidas. Nunca coloquei Uzi, nem revólver ou espingarda, na mão de uma criança. Não possuo e não tenho interesse em adquirir nenhuma arma de fogo. É provável que a maioria dos leitores deste jornal estão na mesma sitaução.
O que podemos aproveitar, então? Quero fazer uma outra pergunta. Quais armas perigosas colocamos nas mãos de crianças e jovens? Podem não ser armas de fogo, facas ou bombas, mas podem ser igualmente destrutivas, quando usadas de forma errada, nas mãos dos nossos filhos.
Quantos pais colocam um mouse, controle remoto ou telefone celular nas mãos dos seus filhos sem supervisão ou orientação adequada? Não sou contra o uso de tecnologia e meios de comunicação por crianças e jovens, mas pais que permitem esse uso sem orientação e supervisão são ingênuos, ou pior!
Para cada vida destruída por um acidente de uma arma de fogo, quantas são destruídas pela influência corrompedora de informações e imagens distribuídas pela mídia e nas redes sociais? Quantos jovens e adultos são levados à corrupção moral pelo acesso à pornografia facilmente acessível? Quantos são doutrinados na mídia social por pessoas imorais ou pregadores de ódio e violência? Charles Vacca e Christopher Bizilj não são as únicas vítimas.
Há uma outra possibilidade, porém, muito melhor. Quando Deus enviou Moisés para cumprir uma missão importante na libertação dos escravos hebreus, esse homem perguntou sobre evidências para convencer as pessoas no Egito. Deus perguntou: “Que é isso que tens na mão?” (Êxodo 4:2). Deus deu para Moisés condições de usar um objeto comum como instrumento para o bem.
A figura de armas de guerra é usada em um sentido positivo nas Escrituras. Paulo ensinou contra o uso de armas carnais nas batalhas espirituais: “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão” (2 Coríntios 10:3-6). Em uma batalha espiritual, é necessária a armadura de Deus (Efésios 6:10-17). A arma ofensiva fundamental para o servo de Deus é “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6:17).
Não tenho interesse em ensinar uma criança como usar metralhadora. Mas todos nós precisamos da armadura de Deus, inclusive da espada que ele nos oferece, para vencer as batalhas espirituais.
-por Dennis Allan
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