Estudos Bíblicos

Deus Não Faz Nada

Nas conversas para justificar o ateísmo, o agnosticismo ou o simples desinteresse em questões espirituais, algumas das perguntas mais gritantes sugerem a falta de ação divina: “Como Deus deixaria aquela pessoa inocente sofrer?” ou “Se Deus existe, por que ele não interfere?”.

Por trás das perguntas desse tipo estão diversas dúvidas e até convicções. Alguns concluem que Deus simplesmente não existe, porque dizem não ver provas. Outros concluem que Deus pode até existir, mas que ele não se importa com o procedimento dos homens. Em ambos os casos, a falta de provas claras e imediatas da intervenção divina para acertar as injustiças nesse mundo é interpretada como argumento contra Deus e contra os ensinamentos sobre Deus nas Escrituras.

Seiscentos anos antes de Cristo, o profeta Sofonias transmitiu um aviso de Deus aos homens que “dizem no seu coração: O SENHOR não faz bem, nem faz mal” (Sofonias 1:12). Como fazem muitos nos dias de hoje, esses achavam que Deus não fazia nada, só porque não enxergavam suas obras.

A resposta bíblica para esses argumentos não satisfaz as pessoas que insistem em reações imediatas como provas da existência ou caráter de Deus. O homem que acredita que Deus teria de responder da maneira e na hora determinadas por seres humanos jamais aceitará a resposta encontrada nas Escrituras, pois ela não se enquadra nessa perspectiva imediata. De fato, o problema que se torna insuperável para muitas pessoas é exatamente isso. Um Deus eterno e infinito não vai caber numa pequena caixa fabricada por pessoas finitas.

Deus nunca viu a necessidade de responder a todas as dúvidas e objeções dos homens, mas ele revelou, nas Escrituras, informações suficientes para nos orientar sobre as nossas dificuldades. Pelo estudo das mensagens reveladas, percebemos a importância de vencer as nossas expectativas imediatistas com a paciência de uma perspectiva eterna. Ou seja, Deus pode não acertar as contas já da maneira e no momento que nós achamos bons, mas a justiça vem e as contas serão acertadas. Encontramos essa resposta várias vezes na Bíblia. Considere alguns exemplos.

A mensagem de Sofonias afirma que Deus agiria. O dia do acerto de contas é descrito como o “Dia do Senhor”, uma expressão usada várias vezes nesse pequeno livro. A ênfase em Sofonias está no castigo que esse dia traria sobre as nações e as pessoas que se rebelavam contra o Senhor, ou que simplesmente não buscavam servi-lo: “os que deixam de seguir ao SENHOR e os que não buscam o SENHOR, nem perguntam por ele” (Sofonias 1:6). O Dia do Senhor seria a ocasião de castigar os ímpios e salvar os fiéis. O mesmo dia tem os dois aspectos: punição e libertação.

Quase duzentos anos depois de Sofonias, o profeta Malaquias registrou a queixa dos homens contra Deus: “Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por felizes os soberbos; também os que cometem impiedade prosperam, sim, eles tentam ao SENHOR e escapam” (Malaquias 3:14-15). Deus prometeu que o dia de acertar as contas chegaria, e que a distinção entre certo e errado ficaria evidente: “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Malaquias 3:18). Aqui, também, percebemos os dois aspectos do mesmo dia.

Passaram mais 500 anos, e algumas pessoas no tempo dos apóstolos de Jesus fizeram a mesma pergunta. Achavam que Jesus estava demorando para voltar para salvar seus servos e castigar os rebeldes. Diziam: “Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (2 Pedro 3:4). Na resposta, Pedro afirmou que Deus não vive conforme o cronograma humano: “Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pedro 3:8). O ponto é que a reação de Deus às injustiças humanas pode demorar, conforme o nosso calendário, mas o acerto vem! Pedro continua no mesmo capítulo frisando os dois aspectos do Dia de Deus: o castigo dos ímpios e a libertação dos piedosos.

Deus não faz nada, nem bem, nem mal? Somente os míopes espirituais ousam afirmar isso! -por Dennis Allan


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