Deus e as Estrelas

Uma bola de golfe tem diâmetro de 4,27 cm, um pouco maior do que uma bola de pebolim comum. Imagine uma dessas bolas de golfe ao lado de uma grande esfera de 4,5 metros. Esta comparação ilustra a diferença de tamanho entre a Terra e o Sol, uma estrela mais ou menos média entre os bilhões desses corpos celestiais.

Agora, imagine uma outra esfera de 90 quilômetros de diâmetro, uma medida aproximadamente 20,000 vezes maior do que o diâmetro do nosso “Sol” de 4,5 metros. Essa esfera enorme, 10 vezes mais alta do que o monte Everest, a maior montanha no nosso planeta, representa a estrela IRS65 em comparação com a Terra, a bolinha de golfe. Está começando a sentir-se insignificante?

Considere uma outra ilustração. Imagine aquelas bolinhas de golfe, cada uma representando um planeta do tamanho da Terra, cobrindo todo o território do estado do Rio Grande do Sul, até uma altura de um metro e meio. Conforme estimativas astronômicas, todas essas “Terras” caberiam dentro da estrela VY Canis Majoris!

A minha intenção não é de impressionar ninguém com a pequenez da Terra, nem com o tamanho de alguns dos bilhões de estrelas, e sim de impressioná-los com o poder do Criador: “Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. Ele ajunta em montão as águas do mar; e em reservatório encerra as grandes vagas. Tema ao SENHOR toda a terra, temam-no todos os habitantes do mundo. Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir” (Salmo 33:6-9).

Desde o primeiro versículo da Bíblia, Deus é apresentado como o Criador de tudo. Negar o Criador é rejeitar toda a mensagem bíblica, pois não há nenhuma possibilidade de divorciar o papel do soberano Criador da obra redentora que é o tema das Escrituras.

Durante as décadas recentes, cientistas têm empregado a tecnologia de telescópios e microscópios para investigar melhor o Universo. Os microscópios mais avançadas ajudam a enxergar a complexidade das células orgânicas, enquanto os telescópios nos dão uma noção do tamanho incompreensível do Universo e dos corpos celestiais. É impossível estudar o nosso universo, desde os menores detalhes dos microrganismos até as maiores e mais distantes galáxias, sem ficar impressionado com o tamanho, a complexidade e a variedade existente ao nosso redor.

O argumento bíblico sobre as maravilhas do Universo é forte: a Criação é a testemunha universal que grita em alta voz, nos convidando a olhar para o Criador. Davi, o segundo rei de Israel, escreveu: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo” (Salmo 19:1-4).

O apóstolo Paulo desafiou os filósofos gregos com argumentos baseados na Criação, especificamente a existência dos homens: “de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus...” (Atos 17:26-27). Deus nos fez e deixou evidências suficientes para nos levar a buscar o Criador. O mesmo apóstolo escreveu que a evidência universal da Criação deixa os homens sem desculpa. Todos devem buscar o Criador: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Romanos 1:20).

A maior maravilha de todas? Esse Criador se preocupa conosco (Salmos 33:13-15; 8:3-4).

-por Dennis Allan