A figura do casamento é usada nas Escrituras para ilustrar a relação entre Deus e seu povo, seja Israel físico do Antigo Testamento ou a igreja, Israel espiritual, do Novo. O apóstolo Paulo desejou que a igreja fosse como uma virgem chegando ao casamento com Cristo (2 Coríntios 11:2). Em outra epístola, ele implorou que ela fosse submissa e pura para agradar ao seu marido, Cristo (Efésios 5:22-27).
Sabemos, porém, que nem todos os casados continuam fiéis. Frequentemente, a traição destrói casamentos. Em muitos casos, um dos parceiros vivia na promiscuidade antes de casar e volta à mesma conduta depois de entrar na aliança especial do casamento. Em outros, tudo começa bem, mas um dos dois se torna infiel depois de um tempo. O adultério é sempre tratado como pecado grave nas Escrituras.
A traição entra, também, nas ilustrações bíblicas do casamento de Deus com seu povo. Um exemplo desse tema se encontra no livro de Ezequiel. Para adaptar a história ao caso real de Israel, ele fala, em Ezequiel 23, de duas mulheres, irmãs, casadas com o mesmo “homem”, Deus.
A primeira mulher se chama Oolá, que significa “seu tabernáculo (tenda)”. Ela representa Israel ou Samaria, o reino do Norte que se separou dos seus irmãos em Judá depois da morte de Salomão. O primeiro rei desse novo reino, Jeroboão, filho de Nebate, introduziu práticas religiosas abomináveis a Deus. Seu templo não era do Senhor, e sim do próprio povo. Esse ato de introduzir uma nova religião e a persistência do povo nesse pecado foram vistos por Deus como a traição.
A segunda mulher se chama Oolibá, que significa “meu tabernáculo (tenda) está nela”. Ela representa Judá, o reino do Sul depois da divisão. O nome sugere uma diferença fundamental entre as duas mulheres, as duas nações. Durante o tempo em que vigorava a Lei de Moisés, Deus insistiu que os israelitas o adorassem em Jerusalém, onde Salomão edificou o templo para esse propósito. Jerusalém estava dentro do território de Judá, sede do governo e da religião e, por isso, o nome escolhido para essa mulher identifica a presença do tabernáculo de Deus nesse reino.
Deus aceitou Israel e Judá (na época, era um único povo) quando libertou a nação escolhida da escravidão no Egito e fez um pacto especial com esses descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Não era um povo puro, sendo necessária sua purificação para poder habitar na terra prometida (Josué 5:9). A impureza de Israel antes de se casar com Deus é descrita como prostituição cometida no Egito (Ezequiel 23:3).
O problema tratado nesse capítulo, porém, foi o que Oolá e Oolibá fizeram depois de se casarem com Deus.
Depois de entrar na aliança de casamento com Deus, Oolá se prostituiu outras vezes (Ezequiel 23:5-10). Essa traição foi por meio da idolatria e dos tratados políticos feitos com os assírios. Israel não foi fiel a Deus e não mostrou plena confiança no seu marido. Ela se tornou adúltera. As consequências foram severas. Ela foi maltratada pelos amantes assírios. Muitos dos cidadãos de Israel morreram nas suas mãos.
Oolibá deveria ter aprendido a lição, depois de ver as consequências do procedimento da sua irmã, mas Judá imitou toda a infidelidade do vizinho ao norte. Os principais amantes de Judá vieram da Babilônia, e Deus entregou o reino do sul nas mãos desse adversário. O motivo foi claro: “porque te prostituíste com os gentios e te contaminaste com os seus ídolos” (Ezequiel 23:30).
A história dessas duas irmãs foi preservada para nos instruir. Apesar das nossas transgressões contra a vontade de Deus, ele está disposto a nos perdoar. Mas não devemos relaxar ou nos tornarmos confiantes demais. Para manter a comunhão com Deus, é importante ser fiel durante o resto da vida. Deus não gosta da traição!
-por Dennis Allan
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