Estudos Bíblicos

O Dilúvio: Quarenta Dias de Purificação

De modo geral, os homens não concordaram com seu Criador. Deus colocou um casal inocente para viver em um paraíso perto dele, e optaram por tomar sobre si a culpa do pecado e morrer longe dele e fora do paraíso. Nas gerações depois de Adão e Eva, alguns buscaram ao Senhor e procuraram fazer a sua vontade, mas foram raras exceções no meio de um mundo cada vez mais corrupto. A humanidade chegou ao fundo do poço, decepcionando o Criador: “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração; então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração” (Gênesis 6:5-6).

Antes de continuar, vamos parar para pensar no lugar da história do dilúvio. Alguns simplesmente rejeitam essa história e a Bíblia toda, e nunca ficarão satisfeitos com as evidências apresentadas. Outros dizem acreditar em Deus Pai e em Jesus, mas ainda tratam essa história como lendária. Tal abordagem é contraditória. Ao longo das Escrituras, o dilúvio foi tratado como fato histórico. Rejeitar a história do dilúvio implica em rejeitar as palavras de Moisés, Isaías, Ezequiel, Mateus, Lucas, Pedro e outros, inclusive o ensinamento do próprio Jesus. Quem acredita na veracidade dos profetas, apóstolos e de Jesus Cristo necessariamente acredita na história do dilúvio. Quem trata a história de Noé como lenda rejeita, ao mesmo tempo, os aspectos mais importantes da mensagem bíblica.

Agora, voltemos à história, prestando atenção na sua mensagem.

Os homens exerceram seu livre arbítrio e escolheram a morte, então Deus lhes entregou à morte. Ele nunca forçou ninguém a permanecer com ele, mas sem Deus não há vida. A decisão de virar as costas para Deus é uma escolha fatal. No meio do mundo poluído pela maldade, Deus viu um homem que ainda lutava para servir a ele. Noé não era perfeito, e a Bíblia não esconde seus erros, mas ele era um homem guiado por sua fé em Deus (Hebreus 11:7). Ele “achou graça diante do SENHOR” (Gênesis 6:8).

Quando Deus exterminou os seres humanos da face da Terra, ele poupou a vida de Noé e de sete membros da sua família. O apóstolo Pedro escreveu, milhares de anos depois: “... a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água” (1 Pedro 3:20).

As palavras de Pedro podem nos surpreender, e certamente nos ensinam. Pedro não disse que Noé e os outros foram salvos da água e sim, foram salvos através da água. Enquanto nossa tendência seria focalizar o papel destruidor da água do dilúvio, Pedro enfatizou seu papel salvador. Se a água foi o instrumento que Deus usou para exterminar os pecadores, em que sentido a família de Noé foi salva através da água?

O ponto é que o pecado corrompe e mata. Enquanto pessoas más dominavam o mundo, Noé, sua mulher, seus filhos e suas noras viviam rodeados pela morte do pecado. O efeito do dilúvio foi uma purificação, tirando a corrupção e dando oportunidade para um novo começo.

O relato do dilúvio é fascinante. Embora não apresente explicações detalhadas, o texto sugere mudanças radicais no nosso mundo como resultado de um período de 40 dias de chuvas. A topografia da terra foi alterada, e é provável que houve mudanças permanentes no clima. Muitos cientistas que acreditam na Bíblia encontram no dilúvio explicações plausíveis para vários fenômenos geológicos e biológicos como consequências dessas modificações no ambiente do nosso planeta.

A ênfase bíblica, porém, está na mensagem espiritual. Deus pode tolerar a maldade humana por um tempo. Os homens podem negar a noção de justiça divina, até confundindo sua longanimidade por impotência, mas a justiça vem. Jesus disse: “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mateus 24:37-38). Os prudentes vivem preparados para o julgamento divino (2 Coríntios 5:9-10; Mateus 25:13).

-por Dennis Allan


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