Quando Deus mandou o israelita Jonas pregar em Nínive, a cidade ocupava um lugar importante no império assírio. Algumas décadas depois de Jonas, o rei Senaqueribe estabeleceu Nínive como capital do império. Na época de Jonas, Nínive já era uma cidade grande e importante, capital da província com o mesmo nome. A cidade representava a Assíria, o império dominante na região que apresentava a maior ameaça militar para a segurança da nação de Israel.
O império da Assíria é conhecido, ainda hoje, por sua crueldade, sendo considerado por muitos historiadores o pior de todos os impérios antigos quando o assunto é o tratamento dos seus inimigos. Seus reis se gabavam publicamente da sua crueldade. Deixaram registros dos métodos de tortura que usavam e das suas práticas de extermínio dos inimigos vencidos das formas mais dolorosas imagináveis. Arqueólogos têm encontrado evidências abundantes da maldade da Assíria.
Israel, por outro lado, foi a nação escolhida, o primogênito exaltado por Deus acima de todas as outras nações (Êxodo 4:22; Deuteronômio 26:19). Durante mais de seis séculos, mesmo em períodos em que os líderes da nação se desviavam dos mandamentos do Senhor, ele continuava protegendo e preservando seu povo escolhido.
Israel se tornou demasiadamente confiante. Sabia que Deus poderia permitir algum sofrimento em períodos de instabilidade econômica ou guerras com vizinhos, mas não acreditava que Deus permitiria a destruição da nação ou que deixaria uma nação tão cruel como a Assíria torturar e matar seus filhos.
Quando Jonas ouviu Deus falar da imensa maldade dos ninivitas, não foi surpresa. Tal maldade merecia castigo, e a linguagem de Deus mostrou que o Senhor pretendia trazer sua ira sobre a cidade. Quando Deus disse de Nínive que “sua malícia subiu até mim” (Jonas 1:2), foi a mesma linguagem usada para explicar para Abraão o motivo da destruição total de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18:20-21).
A surpresa foi na oportunidade que Deus concederia para o arrependimento dos ninivitas. Ele decidiu mandar um profeta para avisar os ninivitas das suas intenções, dando-lhes oportunidade para se arrependerem. Se os ninivitas mostrassem remorso e mudassem seu comportamento, Deus seria capaz de demonstrar misericórdia. Jonas acreditava na graça de Deus, mas não imaginava que seria estendida a um povo pagão e cruel como os ninivitas. Fugiu da sua missão, mas foi persuadido a voltar para cumprir sua obrigação de pregar em Nínive. Chegou com um aviso simples, mas importante: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jonas 3:4).
Quarenta dias foi o prazo que Deus lhes deu para reconhecerem sua maldade e se submeterem à vontade do Criador. Foi tempo para refletir.
O resultado foi exatamente o que Deus desejava e Jonas temia. Os ninivitas, dos mais poderosos até as pessoas comuns, se arrependeram! Enquanto a história de Jonas e suas reações aos atos divinos seja o ponto principal do pequeno livro conhecido pelo nome do profeta, a história de Nínive é de grande significado, também.
O arrependimento dos ninivitas demonstra alguns fatos importantes. Primeiro, todas as pessoas de todas as nações estão sujeitas à vontade de Deus. Mesmo durante o período de 1.500 anos no qual Deus tratava Israel como seu povo escolhido para cumprir seu plano de oferecer a salvação em Jesus, as outras nações continuavam sob seu domínio. Depois da queda dos assírios à Babilônia, Deus ensinou a mesma lição ao rei daquele império (Daniel 4:32). Segundo, Deus oferece e deseja a salvação de todos. Esse fato se tornou cada vez mais evidente pelas revelações dos profetas (Isaías 2:1-4, por exemplo) anunciando a vinda de Jesus, que demonstra o amor de Deus para com todos (João 3:16).
Deus continua desejando a salvação de todos (1 Timóteo 2:4). Como ele deu quarenta dias para os ninivitas, ele ainda dá tempo para o arrependimento: “...ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:9). Devemos mostrar o mesmo bom senso dos ninivitas e aproveitar o momento que Deus nos dá!
-por Dennis Allan
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