Nos registros que recebemos de Mateus, Marcos, Lucas e João, encontramos frequentes conflitos entre Jesus Cristo e os judeus, especialmente os líderes religiosos, os homens que mais conheciam a Lei comunicada por Deus a Moisés 1.400 anos antes do nascimento de Jesus. Eles estavam acostumados a ouvir discussões detalhadas e em escolher palavras precisas para comunicar ideias. Observavam as obras e ouviam as palavras de Jesus criticamente, e prontamente desafiavam qualquer desvio das interpretações tradicionais das principais seitas judaicas.
Enquanto suas diversas seitas (fariseus, saduceus, herodianos, essênios etc.) brigavam entre si sobre inúmeros pontos doutrinários, os judeus se destacavam por sua dedicação unânime à doutrina monoteísta que servia de alicerce da sua fé e religião. Depois de séculos de infidelidade a Deus nesse ponto, gerações nas quais a maioria dos judeus praticava idolatria, a nação aprendeu a lição. Os judeus defendiam com unhas e dentes a doutrina fundamental pronunciada no preâmbulo e primeiro mandamento da sua constituição nacional: “Então, falou Deus todas estas palavras: Eu Sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:1-3).
Jesus defendia a mesma verdade monoteísta na sua resposta a Satanás no deserto: “Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (Mateus 4:10).
Mas foi exatamente nesse ponto que surgiram os maiores conflitos entre Jesus e os judeus! O problema não foi na aceitação da doutrina de existir um só Deus, mas na aceitação da divindade de Jesus. A Bíblia apresenta, de capa a capa, a doutrina monoteísta, mas muitos judeus e muitas outras pessoas ainda hoje têm rejeitado outros aspectos do ensinamento bíblico sobre Deus. Qualquer um pode admitir a dificuldade em explicar o conceito de um Deus, mas mais de uma pessoa divina. Esse conceito, porém, é ensinado do primeiro ao último livro da Bíblia. Os judeus, estudiosos assíduos do Antigo Testamento, sabiam que o único Deus não é uma única pessoa. Sabiam muito bem que o registro da Criação em Gênesis usou verbos plurais para identificar Deus: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gênesis 1:26).
O problema dos judeus, então, não seria tanto a questão de crer em mais de uma pessoa divina, mas a aceitação da divindade de Jesus. Eles sabiam das centenas de profecias do Messias que aparecem no Antigo Testamento, de Gênesis a Malaquias. Jesus, porém, não correspondeu às suas expectativas e interpretações das profecias. Achavam ofensivas suas afirmações de divindade e rejeitavam seus atos ousados que confirmavam suas palavras. Depois de Jesus curar um homem no sábado, “...os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (João 5:16-18).
Os judeus estavam certos! Jesus se apresentou como igual a Deus porque ele é Deus. Ele fez uma obra no sábado para o benefício de uma das suas criaturas, porque ele e o Pai trabalham todos os sábados para cuidar das suas criaturas. No sétimo dia, Deus descansou da obra da Criação (Gênesis 2:1-3). Isso não significa, porém, que ele deixou de trabalhar no sábado. Aquele sábado e todos os dias depois, Deus têm trabalhado, sustentando o universo. Especificamente, Jesus sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1:3).
Os judeus entendiam corretamente o significado das palavras de Jesus. Ele realmente afirmou ser o Messias (João 4:25-26) e ser eterno (João 8:58). O que eles tratavam como contradições foram, pelo contrário, cumprimentos das palavras do Antigo Testamento. Não aceitaram seu convite e não acharam em Jesus o conforto que ele estendeu aos discípulos: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (João 14:1).
Os judeus reagiram fortemente contra Jesus, não por falta de entendimento das suas palavras e seus atos, mas precisamente porque entendiam o que ele alegou. Os judeus estavam certos. Jesus afirmou ser Deus!
-por Dennis Allan
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