Antes da sua conversão, Saulo de Tarso lutou contra Jesus, seus seguidores e sua doutrina com zelo ilimitado. Ele defendia sua religião, baseada solidamente em revelações divinas dadas a Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e os grandes profetas do Antigo Testamento. Durante o período em que Saulo perseguia os cristãos, ele não compreendia a posição central de Jesus no plano de Deus. Acreditou ser Jesus um enganador que conduzia os fiéis para longe do Deus verdadeiro.
Quando confrontado com a prova de que Jesus era, de fato, o Messias que cumpriu as promessas e profecias do Antigo Testamento, Saulo buscou e recebeu perdão e se dedicou à causa de Cristo. Melhor conhecido como Paulo, ele se tornou pregador do evangelho de Jesus, talvez o mais influente dos apóstolos. Paulo escreveu a metade dos livros do Novo Testamento e trabalhou incansavelmente para levar a mensagem de Jesus ao mundo.
Paulo compreendia bem as diversas religiões da sua época. Ele poderia ter pregado uma mensagem ecumênica, focalizando os aspectos comuns das religiões. Como cristão, ele acreditava em Deus. Seus parentes judeus que não aceitavam Cristo ainda acreditavam em Deus. E os idólatras que viviam no mundo greco-romano também acreditavam no conceito da divindade, adorando diversos deuses e deusas. Paulo poderia ter elogiado os religiosos, dizendo que o importante era apenas crer em algum poder superior. De alguma forma, as diversas religiões prometiam algum benefício para seus adeptos. Paulo poderia ter minimizado as diferenças, sugerindo que todos buscavam felicidade, saúde e prosperidade, mesmo em sentidos diferentes. Esse apóstolo de Jesus poderia ter observado atos de bondade de judeus e gentios (a palavra que os judeus usavam para identificar pessoas de outras nações), vendo neles qualidades boas dignas de vida, até da vida eterna.
Paulo acreditou profundamente no amor de Deus, pois disse que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos” (1 Timóteo 2:4). Com base nesse amor divino incomparável e incompreensível (Efésios 3:17-19), Paulo poderia ter pregado uma mensagem de salvação universal, dizendo que esse Deus de amor perdoaria todos incondicionalmente e não castigaria ninguém. Se ele tivesse mostrado uma atitude mais aberta, não teria entrado em tantos conflitos com os seguidores de outras religiões. Poderia ter crido em Cristo, mas precisava defender uma mensagem tão exclusiva da salvação ser possível unicamente por meio da fé em Jesus?
Se Paulo tivesse pregado as mensagens ecumênicas defendidas, nos dias de hoje, por muitos que se identificam como cristãos, até alguns líderes influentes de grandes organizações religiosas, certamente teria sido aplaudido e não apedrejado.
Em uma das suas primeiras epístolas, Paulo escreveu: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gálatas 1:6-8). Ele continua na mesma epístola com uma defesa do evangelho de salvação pela graça mediante a fé em Cristo, negando qualquer possibilidade de salvação por obras de mérito. Ninguém seria salvo por seus próprios atos, mesmo pelas obras ordenadas na Lei revelada por Deus aos israelitas 1.500 anos antes. Em outra epístola, ele negou a possibilidade de alcançar a salvação por meio da sabedoria humana, mesmo pelo conhecimento dos maiores filósofos (1 Coríntios 1:18-20). A pregação de Paulo não agradou os defensores de outras religiões, nem os judeus nem os gregos (1 Coríntios 1:21-25).
A mensagem do evangelho não foi politicamente correta na época de Paulo, e não tem apelo popular nos dias de hoje. Aqueles que procuram a aprovação do povo pregarão outras doutrinas, diluindo o impacto da mensagem da cruz e negando seus aspectos principais. Qualquer mensagem que oferece a esperança da vida eterna sem fé em Jesus e sem confiança no sacrifício que ele fez na cruz no Calvário é outro evangelho, uma perversão ou rejeição total da mensagem de Jesus. Quem prega outro evangelho não é seguidor de Jesus, não importa sua posição de honra entre homens. Os fiéis continuarão anunciando a mensagem que Paulo pregou: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Coríntios 2:2).
–por Dennis Allan
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