Na noite da última sexta-feira, (13/11/2015), mais de 130 pessoas perderam suas vidas e centenas de outras foram feridas em ataques terroristas em Paris. Milhões de pessoas no Brasil e em países ao redor do mundo têm demonstrado sua solidariedade com as vítimas e suas famílias. E, como tem sido o caso em centenas de ataques em dezenas de países, extremistas islâmicos afirmaram sua autoria desses crimes em Paris.
Ultraje parece uma palavra fraca para descrever os sentimentos das pessoas que ouvem a notícia da violência desenfreada contra os cidadãos da França e outras países. Alguns líderes muçulmanos têm condenado essas táticas violentas, mas eles mesmos reclamam da falta de apoio geral entre as pessoas que compartilham a mesma crença. Dizem que o islamismo é uma religião pacífica e que os terroristas não representam a maioria dos muçulmanos, mas demonstram sua frustração com o silêncio de muitos, talvez da maioria, diante desses crimes. Embora sejam relativamente poucos, alguns líderes no mundo islâmico pregam que atos que contradizem sua fé devem ser abertamente condenados.
Obviamente, não sou muçulmano. Não considero Maomé um profeta de Deus. Não acredito que ele ou qualquer outro homem seja igual ou superior a Jesus Cristo. Depois de examinar muitas evidências sobre a existência de Deus e a veracidade da sua revelação, aceito como Escrituras a coleção de livros comumente conhecida como a Bíblia, e não o Alcorão ou alguma outra suposta fonte de comunicação divina.
Então, vamos falar sobre cristãos, e não muçulmanos. A Bíblia apresenta o ensinamento de Deus sobre diversos assuntos, inclusive muitas instruções sobre moralidade e ética. E quando pessoas que se dizem cristãs abertamente violam esses princípios, o que fazemos? Devemos condenar atos de violência e imoralidade, ou ficar quietos?
Alguns defendem o individualismo de uma maneira que os livra de qualquer responsabilidade. A filosofia popular aparece em adesivos no vidro traseiro de carros: “E Deus deu a vida para cada um cuidar da sua”. Como é comum em ditados populares, há alguns elementos de verdade nessa expressão. É verdade que temos responsabilidades como indivíduos. O apóstolo Paulo escreveu sobre o efeito do evangelho na vida de cada um, dizendo da esperança em Cristo, “...o qual anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim” (Colossenses 1:28-29, grifo do autor). As Escrituras, também, avisam sobre o problema de se intrometer em assuntos alheios: “Quem se mete em questão alheia é como aquele que toma pelas orelhas um cão que passa” (Provérbios 26:17).
Para reforçar esse argumento de não criticar os pecados dos outros, as palavras de Jesus são frequentemente citadas sem consideração do seu contexto. Ele disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mateus 7:1). Muitos se acham bondosos e humildes quando recusam levantar a voz de reprovação diante dos crimes dos outros.
Tais abordagens, porém, torcem as palavras de Jesus e ignoram o contexto do ensinamento bíblico. Exagerar o individualismo é negar a responsabilidade que temos nas comunidades em que vivemos, especialmente na família e na igreja. Na mesma mensagem na qual Jesus proibiu o julgamento condenatório, ele exigiu o julgamento de discernir entre o certo e o errado (Mateus 7:15-20). O mesmo apóstolo que falou de responsabilidade individual instruiu os cristãos a corrigirem os pecados dos seus irmãos (Gálatas 6:1-2) e a rejeitarem aqueles que persistem na rebeldia contra Deus (1 Coríntios 5:1-13; 2 Tessalonicenses 3:6,14,15; Romanos 16:17-18).
O cristão sincero não somente cuida da sua própria vida. É fundamental não participar de obras condenadas pelo Senhor (Efésios 5:7). Mas não é só isso. Viver de modo justo e digno inclui a repreensão do pecado: “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Efésios 5:11).
-por Dennis Allan
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