A morte de Jesus na cruz como sacrifício pelos pecados dos homens foi determinada no plano eterno para a redenção dos homens. Durante seu ministério, Jesus caminhava propositalmente para esse momento importante, o auge da sua missão terrestre. Os relatos do evangelho, especialmente o de João, mostram sua determinação em cumprir esse plano conforme predeterminado, para morrer da maneira certa, no lugar certo e no momento certo.
Os discípulos que acompanhavam Jesus demoraram para entender esse aspecto da sua missão. Como muitos judeus e até muitos religiosos dos nossos dias, imaginavam um reino terrestre dominado por um Cristo que ganharia seu poder no campo de batalha carnal, vencendo seus inimigos em guerras literais aqui na terra. Pensando dessa maneira, os discípulos enfrentavam dificuldades enormes quando Jesus falou da sua própria morte.
Mateus, no seu relato da última parte do ministério de Jesus, fala de três afirmações específicas que Jesus fez sobre sua morte iminente. Os avisos são praticamente idênticos, mas as reações dos discípulos refletem preocupações diferentes e até mostram a evolução do pensamento desses seguidores do Senhor. Vamos considerar os três avisos e as reações dos apóstolos.
(1) Em um período de crise no ministério de Jesus, as opiniões sobre esse homem de Nazaré estavam polarizando. A maioria dos líderes dos judeus rejeitou as afirmações desse pregador itinerante. O povo comum se mostrou confuso, achando que Jesus fosse algum profeta do Antigo Testamento que teria voltado a viver entre os homens. Os discípulos mais íntimos, porém, depois de acompanhar os ensinamentos e as obras de Jesus, estavam se firmando na sua convicção da sua divindade como o Messias ou Cristo profetizado no Antigo Testamento. A famosa confissão de Pedro representa esse entendimento correto: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).
A compreensão dos apóstolos se mostrou, várias vezes, limitada e até errada. Seus comentários e perguntas mostram que esperavam um reino terrestre e político com Jesus na posição de rei. Desta perspectiva, a afirmação de Jesus, logo depois da confissão de Pedro, foi especialmente chocante. Ele disse que seria maltratado e morto em Jerusalém, e que ressuscitaria três dias depois (Mateus 16:21). A reação de Pedro foi de negação. Ele repreendeu o próprio Senhor, dizendo que não seria rejeitado e morto. Jesus disse que Pedro estava interferindo nas obras de Deus.
(2) Algum tempo depois, os apóstolos estavam com Jesus na Galileia quando ele repetiu o comentário sobre a iminência da sua morte, seguida pela ressurreição ao terceiro dia (Mateus 17:22-23). Desta vez, a reação dos discípulos foi de profunda tristeza. Não negaram as palavras de Jesus, como Pedro havia feito da outra vez, mas mostraram sua preocupação em ficar sem Jesus. Em João 14, Jesus tratou da mesma dificuldade, percebendo que os discípulos se sentiam órfãos. Ainda não conseguiram olhar além da morte para ver a vitória na ressurreição, mesmo Jesus incluindo essa promessa e cada predição.
(3) Jesus e os discípulos estavam se aproximando de Jerusalém, poucos dias antes da crucificação, quando ele falou novamente da sua morte e ressurreição. Desta vez, não houve repreensão nem demonstração de tristeza, mas uma outra reação que mostrou a mesma dificuldade para compreender a natureza do reino messiânico. João e Tiago chegaram com sua mãe para conversar com Jesus. Pediram posições de importância no gabinete do Rei! Parece que o entendimento deles sobre a ressurreição havia evoluído, e agora estavam olhando para além da morte para ver a vitória e o reino que viria. Mas, ainda esperavam um reino material, terrestre e político. Não compreendiam a natureza espiritual do domínio do Rei Jesus.
Nossa perspectiva é outra, pois vivemos quase 2.000 anos depois da morte de Jesus. É impressionante observar, porém, que muitas pessoas, até líderes religiosos influentes, continuam com pensamentos parecidos com os dos apóstolos na sua confusão e tristeza. Muitos ainda aguardam um reino terrestre e material, não compreendendo a vitória de Jesus sobre a morte e a realidade do seu reino espiritual, celestial e eterno. O reino de Jesus existe (Colossenses 1:13), pois já recebeu seu domínio eterno (Daniel 7:14; Apocalipse 1:5). Jesus cumpriu o plano eterno para a nossa redenção, e reina para toda a eternidade.
-por Dennis Allan
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