Jesus nos convida a ser seus seguidores. A essência do discipulado se resume em poucas palavras: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24).
Jesus não desperdiçava palavras, e vale a pena tomar tempo para analisar cada expressão que ele proferiu. Nesse desafio, podemos ver a importância da vontade da pessoa (quer) e da direção que deve andar (vir após mim). Grandes lições vêm dos passos que Jesus esboçou: Negar a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a ele. Jesus define o discipulado de uma forma completamente contrária às ideias populares dos evangelistas gananciosos que fazem mercadoria do evangelho. Ele falou de autonegação, não de autorrealização. Disse que o seguidor toma uma cruz, ou seja, aceita sofrimento por causa da sua fé, diferente das mensagens do falso evangelho que prega uma vida livre de sofrimento. E, ao invés de falar de mandar em Jesus e vê-lo como meio para alcançar sonhos particulares, ele disse que o discípulo deve seguir ao Mestre. De fato, devemos estudar essas palavras e meditar no seu sentido e nas suas aplicações práticas.
Uma das maiores lições da chamada relatada em Mateus 16, porém, vem da consideração do contexto do trecho. A palavra inicial na citação acima (então) vincula as palavras de Jesus com os versículos anteriores. Jesus havia falado, em Mateus 16:21, sobre a iminência da sua morte violenta. Ainda mais, ele disse que precisava ir para Jerusalém, onde seria morto. Logo em seguida, ele fala de tomar a cruz e lhe seguir!
Como esse convite teria soado para os discípulos? Jesus acabou de dizer que ele seria morto em Jerusalém. Então, ele chamou todos a tomarem suas próprias cruzes para segui-lo. Será que teria 13 cruzes em Jerusalém para executar Jesus e todos os seus apóstolos? A decisão de acompanhar Jesus na sua jornada para Jerusalém seria uma sentença garantida de morte?
De fato, a morte dos discípulos não aconteceria naquele mesmo dia (com exceção de Judas, que traiu Jesus e se suicidou). Tiago seria morto uns 15 anos depois (Atos 12:1-2), e tudo que sabemos indica que Pedro foi executado mais de 30 anos depois. Não sabemos as datas nem os detalhes das mortes dos outros, mas a tradição histórica diz que todos os apóstolos, menos João, teriam sido executados por causa da sua fé. A decisão de seguir a Jesus implicou na aceitação da morte como consequência.
Os apóstolos, mesmo cheios de dúvidas e conceitos imaturos da missão do Messias, aceitaram o desafio e seguiram! Sua demonstração de fé em Jesus nos inspira e nos ensina.
A fé dos discípulos não foi egoísta. Quando aceitaram o convite de Jesus, eles não imaginavam algum benefício de riqueza ou vidas saudáveis aqui na terra. Seu foco foi na glorificação do Senhor, e se mostraram dispostos a morrerem por ele.
Alguns desses apóstolos verbalizaram sua disposição de morrer por Cristo. Quando Jesus perguntou para os filhos de Zebedeu, afirmaram estar dispostos a beber o cálice de sofrimento que Jesus encarava (Mateus 20:22). Pedro achava melhor morrer do que ficar longe de Jesus (João 13:36-38).
Servir a Cristo por motivos egoístas não é seguir ao Senhor. A mentalidade popular de negociar com Deus, oferecendo algum serviço pequeno em troca de alguma bênção, não reflete o verdadeiro discipulado. O serviço que Jesus deseja, ou melhor, exige, é a autonegação de pessoas dispostas a morrer por ele.
Mesmo se não tiver uma cruz literal no nosso futuro, Jesus ainda exige a nossa morte por ele. Paulo disse que foi crucificado com Cristo porque rendeu sua vida ao controle total do Senhor (Gálatas 2:19-20). Ele ensinou que todos que foram ressuscitados com Cristo para andar em novidade de vida devem matar o velho homem do pecado para viver por ele (Romanos 6:3-7; Colossenses 3:1-6).
Quer ser discípulo de Jesus? Negue a si mesmo, tome a cruz e siga-o.
-por Dennis Allan
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