Provas Milagrosas da Divindade de Jesus: Ele Controla o Mar

Grande parte do trabalho de Jesus foi realizada nas regiões próximas ao mar da Galileia, também conhecido antigamente como o mar de Tiberíades ou lago de Genesaré. Atualmente chamado de Kinneret, o mar isolado (sem contato com outros mares) ocupa 167 quilômetros quadrados no norte de Israel. Foi nesse mar que alguns dos discípulos de Jesus ganharam a vida com pescaria. Jesus andou nas aldeias ao redor do mar, pregando o evangelho do reino de Deus e realizando milagres que confirmavam sua mensagem.

Um dos milagres de destaque especial, registrado em três dos livros do Novo Testamento, aconteceu no final de um dia no qual Jesus ensinou por parábolas à beira-mar. Jesus estava dormindo em um barco que atravessava o mar. Ele continuou dormindo mesmo quando surgiu um temporal forte que ameaçou afundar o barco. Os discípulos despertaram o Senhor e perguntaram: “Mestre, não te importa que pereçamos?” (Marcos 4:38). Mateus acrescenta uma expressão de desespero: “Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos!” (Mateus 8:25).

Podemos aproveitar várias lições importantes dessa história. Jesus mesmo chamou atenção dos apóstolos por sua falta de confiança no Senhor. Seu próprio exemplo de dormir no meio de uma crise demonstra sua tranquilidade em saber que o Pai cuidava dele. Mas essas mensagens são secundárias. O ponto principal, destacado por Mateus, Marcos e Lucas, foi a reação dos discípulos: “Eles, possuídos de temor e admiração, diziam uns aos outros: Quem é este que até aos ventos e às ondas repreende, e lhe obedecem?” (Lucas 8:25).

Um homem pode controlar um copo d´água e outros objetos pequenos. Mas os discípulos tinham razão em ficar admirados ao perceberem o significado do milagre de Jesus. Quem controla um lago inteiro? Os próprios ventos obedecem à voz de quem?

Implícita na pergunta dos discípulos é a resposta conhecida das Escrituras do Antigo Testamento. A autoridade de ordenar até as forças da natureza demonstra poder divino. O Criador recebe louvor nestas palavras:

“Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles.... Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir” (Salmo 33:6,9).

“Ouve-se a voz do SENHOR sobre as águas; troveja o Deus da glória; o SENHOR está sobre as muitas águas. A voz do SENHOR é poderosa; a voz do SENHOR é cheia de majestade. A voz do SENHOR quebra os cedros; sim, o SENHOR despedaça os cedros do Líbano.... A voz do SENHOR faz dar cria às corças e desnuda os bosques; e no seu templo tudo diz: Glória! O SENHOR preside aos dilúvios; como rei, o SENHOR presidirá para sempre” (Salmo 29:3-5,9-10).

“Com efeito, eu sei que o SENHOR é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses. Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos. Faz subir as nuvens dos confins da terra, faz os relâmpagos para a chuva, faz sair o vento dos seus reservatórios” (Salmo 135:5-7).

Os discípulos conheciam bem esse livro de louvor do Antigo Testamento, mas não haviam presenciado de primeira mão o poder divino saindo da boca de um homem, antes de conhecer Jesus. Quando o mar e o vento obedeceram a voz de Jesus, os discípulos corretamente identificaram o poder do Criador. Trinta anos depois, o apóstolo Paulo escreveu sobre a sublimidade de Jesus como Criador e afirmou sua primazia sobre todas as coisas (Colossenses 1:16-19).

Uma afirmação importante das Escrituras é da autoridade absoluta do poder de Jesus (Mateus 28:18; Hebreus 1:1-3). Os discípulos presenciaram uma demonstração desse poder quando os ventos obedeceram a voz de Jesus no mar da Galileia. Seria tolice da nossa parte desafiar ou ignorar a palavra do Criador que nos oferece a salvação!

-por Dennis Allan