Estudos Bíblicos

Duas Pragas e um Prumo

O profeta Amós pregou em Israel no oitavo século antes de Cristo. Suas mensagens foram diretas e urgentes, pois chamou o povo ao arrependimento com o intuito de evitar o castigo que Deus já preparava. Algumas das suas declarações foram avisos das consequências de séculos de pecados cometidos em Israel e nas nações ao seu redor. Outras foram visões que serviam para chamar a atenção do povo e mostrar a ira de Deus contra os rebeldes. Encontramos uma série dessas visões no capítulo 7 do livro de Amós. O profeta falou de duas pragas e um prumo.

A primeira visão foi de uma praga de gafanhotos. Até os dias de hoje, alguns dos maiores desafios para agricultores vêm na forma de pequenos bichos que podem acabar com uma plantação em pouco tempo. No antigo Oriente Médio, pragas devastadoras de gafanhotos causavam crises econômicas e deixavam populações sem alimentos adequados. Na visão de Amós, logo depois das ceifas do rei, vem a praga de gafanhotos. A primeira produção seria para o rei, e exatamente quando o povo comum se preparava para ceifar sua porção, os gafanhotos acabaram com a sua produção. Mas, neste caso, foi uma visão, e não uma praga real, então o profeta conseguiu interceder pelo povo. Amós disse: “SENHOR Deus, perdoa, rogo-te; como subsistirá Jacó? Pois ele é pequeno” (Amós 7:2). Deus ouviu a oração de Amós a favor de Israel (chamado aqui pelo seu outro nome, Jacó) e não mandou a praga.

A segunda visão foi de um incêndio que passou pela terra, destruindo tudo. Todos os anos, ouvimos notícias dos efeitos devastadores de incêndios, às vezes destruindo milhares de quilômetros quadrados de florestas, casas e até cidades inteiras. Nessa visão de Amós, a terra de Israel estava sendo consumida pelo fogo. Novamente, o profeta intercedeu: “SENHOR Deus, cessa agora; como subsistirá Jacó? Pois ele é pequeno” (Amós 7:4). Deus atendeu a súplica de Amós e não mandou o fogo.

Antes de continuar a história, vamos observar três fatos importantes nessas primeiras duas visões: (1) Deus é capaz de castigar, e pode usar diversos meios para exercer a sua justiça; (2) Deus ouve as orações dos seus servos fiéis; (3) A diferença entre a salvação e a condenação de Israel não dependia do mérito do povo (o profeta disse que era pequeno, mas não argumentou que era inocente), e sim da graça de Deus.

A terceira visão foi diferente. Amós viu o Senhor em cima de um muro que foi levantado usando um prumo. Deus segurava um prumo na sua mão e disse que usaria o prumo para verificar o estado do seu povo de Israel. Prumos são ferramentas simples e importantes em qualquer obra de construção. Um pedreiro utiliza o prumo no levantamento de um muro para fazer o muro reto. Nesta visão, o muro, a nação de Israel, tinha sido construído usando um prumo, ou seja, Deus fez Israel reto e bom.

Setecentos anos depois de construir o muro, Deus voltou para verificar seu estado, e trouxe seu prumo. Mesmo em uma construção boa, existe o perigo de ceder a pressões que vêm depois da obra ser completada. Com certeza, o construtor, Deus, fez bem. Mas o povo, ao longo dos séculos, se inclinou para o pecado. Suas práticas idólatras, imorais e injustas tiveram o efeito de pressionar o muro. Quando Deus o verificou com o prumo, o muro estava inclinado e prestes a cair. Qualquer pedreiro sabe que é praticamente impossível endireitar um muro que está muito fora de prumo. Quando acontece, a recomendação normal é de derrubar aquele e construir outro.

Dessa vez, Amós não defendeu a nação, e Deus não se arrependeu do seu plano de castigar Israel. Ele falou da sua decisão de demolir o muro que não prestava: “Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos, os santuários de Israel; e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão” (Amós 7:9). Isaque, Israel e Jeroboão representam a mesma coisa, a nação de Israel. O muro que foi construído pelo próprio Senhor já não prestava mais e seria destruído.

E como seria se Deus chegasse hoje com seu prumo para avaliar a minha vida, ou a sua? Encontraria pessoas retas e fiéis, ou muros inclinados para o pecado e prontos para serem derrubados?

-por Dennis Allan


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