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Uma História sobre Incesto e Abuso: O Bom Senso dos Desavisados

A seguinte notícia foi publicada em junho de 2017:

“O ministro da Educação, Mendonça Filho, informou hoje (08/06/2017) que o livro Enquanto o sono não vem, distribuído pelo Programa de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) para alunos de 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental, deverá ser recolhido das escolas públicas. No livro, um dos contos aborda o tema incesto, considerado impróprio para crianças de seis a oito anos de idade, segundo o órgão” (Fonte: MEC Retira de Escolas Livro que Aborda o Tema Incesto).

Como pai, avô e cristão, aplaudo a decisão de tirar esse livro das escolas. Quero explicar o problema com o livro e alertar sobre mais um aspecto problemático dessa história.

O conto que trata do incesto é “A triste história de Eredegalda”. Na história, o pai da menina fala do seu desejo de se casar com ela e tratar a mãe como criada. Quando a menina recusa, ela é sujeita a prisão em condições de tratamento cruel e ameaças de morte. No final da história, depois do pai desistir do seu plano e liberar a filha para casar com outro, ela morre antes de poder casar.

O autor e outros defensores do livro justificam a história pelo fato de o casamento não acontecer, assim o incesto não sendo consumado, tratando com desprezo as pessoas que reagiram contra a inclusão desse livro no sistema de educação fundamental. O autor do livro, José Mauro Brant, culpou a falta de capacidade dos professores (fonte: Autor de Livro Atribui Polêmica à Falta de Capacitação de Professores). A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a instituição responsável pelo programa PNAIC que aprovou o livro para uso nas escolas, defendeu sua posição de maneira parecida, chamando objetores de “leitores desavisados” que fizeram “um julgamento indevido construído por leitura equivocada...” (fonte: Perversão à Família: Livro Infantil Que Mostra Incesto Como Normal É Distribuído Em Escolas; Mec Promete Recholher).

Os “desavisados” incluem, pelo que parece, professores, pais, alunos e até os oficiais da Secretaria de Educação Básica (SEB), que achou o livro impróprio para alunos em fase de alfabetização, um parecer que levou à decisão do MEC de recolher os livros.

Mas os “desavisados” têm razão e fizeram bem em levantar suas vozes contra o livro. Não é difícil entender uma mensagem muito negativa que comunicaria para crianças a futilidade de resistir às tentativas de incesto (um pecado claramente condenado nas Escrituras – 1 Coríntios 5:1). Ao invés de apresentar para crianças um final onde o bem claramente vence o mal, a história mostra tudo que a vítima perdeu por não ceder aos desejos de uma figura poderosa: apoio familiar, liberdade, felicidade e a própria vida! Não é difícil imaginar uma criança, depois de conhecer essa história na escola, cedendo às ameaças de um pai ou tio, com medo de ser presa e morrer de sede. Se foi o desfecho da história de uma princesa, poderia ser melhor para uma criança comum?

Os “desavisados” mostraram mais bom senso do que o autor, a editora, o PNAIC, a UFMG e o próprio MEC que, por sua vez, cometeu pelo menos dois erros gravíssimos nessa história: (1) Deixaram o livro chegar até às escolas, e (2) Decidiram que os livros recolhidos seriam destinados a bibliotecas públicas, onde ainda podem reforçar essa mensagem perversa e contribuir ao processo de normalizar o incesto, a pedofilia e a escravidão sexual. Com pouco mais de 6.000 dessas bibliotecas no país, terá uma média de mais de 15 exemplares desse livro para compartilhamento em cada uma. Que vergonha!

Pessoas que querem poluir as mentes de crianças podem nos desprezar com seus rótulos pejorativos, mas vamos demonstrar o bom senso para respeitar a vontade de Deus e proteger os inocentes! Vamos lutar para evitar os estragos causados por pessoas que abusam suas posições de poder usando ameaças e violência para alcançar seus objetivos perversos.

Jesus usou uma criança como exemplo da humildade e inocência e disse: “Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos” (Lucas 17:2, comparado com Mateus 18:1-7).

-por Dennis Allan


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