Muitos alunos de História têm ouvido uma versão da frase de George Santayana: “Aqueles que não podem lembrar o passado, estão condenados a repeti-lo”. Esse comentário explica a tolice de repetir experiências com sistemas de governo que têm fracassado quando adotado em outros momentos, ou de defender políticas que nunca solucionaram os problemas abordados. Mas, o nosso interesse aqui não é político nem econômico. As palavras de Santayana descrevem um fato bíblico e nos ajudam a entender por que Deus dedicou uma grande parte das Escrituras à contagem dos acontecimentos históricos.
As Escrituras incluem livros didáticos, composições poéticas e mensagens proféticas, mas aproximadamente a metade da Bíblia consiste em narrações históricas. Uma das maneiras mais eficazes de comunicar uma mensagem é pelos relatos dos atos dos outros. É exatamente o que Deus fez quando contou sobre os patriarcas, os israelitas e os cristãos primitivos. Devemos aprender as lições desses relatos, especialmente notando os erros a serem evitados.
Moisés foi o primeiro autor na Bíblia a empregar a história como ferramenta didática. Além de servir para explicar as raízes da nação de Israel, o livro de Gênesis oferece excelentes exemplos de fé e diversas ilustrações de comportamentos que não devem ser imitados. Abraão, o homem mais importante do livro, é citado frequentemente como exemplo positivo em outros livros da Bíblia, inclusive nos ensinamentos de Jesus. Moisés registrou os detalhes da história de Israel no deserto para evitar que esquecessem as lições aprendidas. Um exemplo desse ensinamento baseado em exemplos do passado se encontra no cântico composto por Moisés, que aparece em Deuteronômio 32. Ele traça a história dos descendentes de Jacó, frisando exemplos da desobediência de pessoas que abandonaram o verdadeiro Deus para servir ídolos (32:5-18).
No seu discurso de despedida, Josué aproveitou exemplos começando com o pai de Abraão e citando Isaque, Jacó, Esaú, Moisés e Arão antes de chegar aos acontecimentos que ele mesmo presenciou durante a peregrinação no deserto. A história serviu como pano de fundo quando Josué lançou seu famoso desafio: “Agora, pois, temei ao SENHOR e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao SENHOR. Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Josué 24:14-15).
Maus exemplos do Antigo Testamento aparecem no ensinamento de Pedro, Paulo e Judas no Novo Testamento. O autor do livro de Hebreus empregou exemplos que vêm do começo ao fim do Antigo Testamento.
Quando Paulo escreveu aos cristãos em Corinto, ele resumiu a história dos israelitas que saíram da escravidão no Egito (1 Coríntios 10:1-13). Ele compara a passagem pelo mar Vermelho com o batismo, um ato ordenado por Jesus para o livramento dos nossos pecados (Marcos 16:16; Atos 2:38; 22:16). Mas a história de Israel não terminou nesse “batismo”. A salvação da escravidão do passado não era garantia da chegada ao destino, a terra prometida. Depois de passarem pelo mar, enfrentaram tentações no deserto que impediram seu progresso. Cobiça, imoralidade, idolatria e murmuração foram os principais problemas que levaram à morte no deserto de todos os homens daquela geração, com exceção de Josué e Calebe.
O ponto de Paulo nesse texto é simples e importante:
“Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado. Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Coríntios 10:11-13).
Devemos aprender dos exemplos da história para imitar as demonstrações de fé e evitar os pecados que levaram outros à condenação.
-por Dennis Allan
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