Muitos apelos bíblicos alertam sobre o perigo da surdez do homem diante da palavra do Senhor. Jesus Cristo e o apóstolo Paulo citaram as palavras de Isaías quando avisaram sobre esse perigo: “Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais. Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo” (Isaías 6:9-10, citado especificamente em Mateus 13:14-15; João 12:40 e Atos 28:26-27 e usado em alusões em Marcos 4:12; Lucas 8:10).
Quando Davi escreveu o Salmo 28, ele considerou o perigo da surdez de outra perspectiva: a possibilidade de Deus se tornar surdo diante das orações do homem. Da mesma forma que a surdez dos homens nas passagens acima foi resultado das suas decisões de não ouvir, a surdez de Deus não seria sua incapacidade, mas sua decisão de não ouvir as súplicas oferecidas por homens. Os homens não ouvem a Deus porque a vontade do Senhor não se alinha com a vontade egoísta do pecador. Deus não ouve as orações dos homens quando a atitude do homem pecador não se ajusta à vontade do Senhor.
Davi não identificou nenhuma circunstância específica que inspirou esse hino. É provável que ele tenha pensado em várias provações difíceis e no livramento que Deus sempre lhe deu. O Salmo se divide em quatro partes principais:
(1) Davi clama a Deus: “A ti clamo, ó SENHOR; rocha minha, não sejas surdo para comigo; para que não suceda, se te calares acerca de mim, seja eu semelhante aos que descem à cova. Ouve-me as vozes súplices, quando a ti clamar por socorro, quando erguer as mãos para o teu santuário” (versos 1 e 2). Apertado por seus inimigos, Davi buscou a salvação que só o Senhor pode oferecer. Davi levantou sua voz e ergueu suas mãos em um apelo urgente a Deus.
(2) O salmista pede o julgamento divino dos malfeitores: “Não me arrastes com os ímpios, com os que praticam a iniquidade; os quais falam de paz ao seu próximo, porém no coração têm perversidade. Paga-lhes segundo as suas obras, segundo a malícia dos seus atos; dá-lhes conforme a obra de suas mãos, retribui-lhes o que merecem. E, visto que não atentam para os feitos do SENHOR, nem para o que as suas mãos fazem, ele os derribará e não os reedificará” (versos 3 a 5). Pela segunda vez no salmo, Davi pede que Deus distinga entre ele e os ímpios, porque acredita em um destino terrível para aqueles que não servem ao Senhor. Ele faz sua súplica para que Deus aja com justiça no castigo dos homens que praticam malícia e perversidade.
(3) Davi oferece louvor em gratidão a Deus: “Bendito seja o SENHOR, porque me ouviu as vozes súplices! O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, nele fui socorrido; por isso, o meu coração exulta, e com o meu cântico o louvarei” (versos 6 e 7). Ele viu as respostas às suas orações e adorou a Deus por esse motivo.
(4) Ele exalta o Senhor, não somente por seu livramento particular, mas também como Salvador e Pastor do seu povo: “O SENHOR é a força do seu povo, o refúgio salvador do seu ungido. Salva o teu povo e abençoa a tua herança; apascenta-o e exalta-o para sempre” (versos 8 e 9).
A confiança de Davi na salvação divina se alicerçou na sua fé na santidade do Senhor. Porque Deus é perfeitamente santo, ele faz distinção entre seus servos e os desobedientes que não honram a Deus e não consideram as implicações das suas obras. A natureza de Deus não mudou (Malaquias 3:6; Hebreus 13:8).
Podemos contar com a fidelidade de Deus com a mesma certeza que Davi demonstrou. A questão que sobra para nós é fundamental: ficamos do lado dos servos fiéis ou dos rebeldes?
-por Dennis Allan
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