Deus se revelou aos seres humanos principalmente de duas maneiras: por atos evidentes, como a Criação do universo (Romanos 1:20), e por palavras, as mensagens que temos hoje nas Escrituras que comumente chamamos de Bíblia (Romanos 1:17; 2 Timóteo 3:16-17). Os atos demonstram seu poder e atributos, mas dependemos das palavras reveladas para saber a vontade do Senhor. Por esse motivo, o estudo da Bíblia se torna importante para todos que querem agradar ao seu Criador.
A comunicação verbal é uma capacidade que Deus deu aos seres humanos quando ele criou o primeiro casal. Da mesma forma que aprendemos entender a comunicação humana, descobrimos como compreender as palavras que Deus revelou. Entre seres humanos, a comunicação se torna possível porque aprendemos os significados das palavras e prestamos atenção à maneira que as pessoas as utilizam. Distinguimos entre expressões literais e simbólicas, entre instruções e perguntas, entre afirmações sérias e irônicas. As mesmas habilidades empregadas na comunicação humana são importantes no estudo da palavra do Senhor. Neste e em outros artigos, vamos considerar alguns exemplos.
Identificamos os destinatários. Alguém ligou por engano? Um desconhecido mandou mensagem no WhatsApp para a pessoa errada? Recebeu uma cobrança ou outra correspondência que foi entregue no endereço errado? Ouviu alguém gritar e, depois, percebeu que estava falando com outra pessoa? Todos os dias, identificamos os destinatários de mensagens para determinar quais são importantes para nós. Às vezes, podemos até aprender alguma coisa de comunicados dirigidos a outras pessoas, mas ainda assim distinguimos entre destinatários.
Da mesma forma, tratamos mensagens bíblicas conforme seus destinatários. Aprendemos da história de Noé, mas nenhuma outra pessoa recebeu a instrução que Deus deu para ele: “Faze uma arca...” (Gênesis 6:14). Deus é eterno e imutável, mas ele mandou pessoas diferentes em circunstâncias diferentes a agir de formas distintas. Quando Isaque pensou em ir para o Egito para achar alimentos, Deus o proibiu (Gênesis 26:2). Apenas uma geração depois, o mesmo Deus mandou Jacó a descer para o Egito (Gênesis 46:3). Em duas ocasiões, Deus mandou que Moisés contasse os israelitas (Números 1:1-2; 26:1-2), mas castigou o povo severamente quando Davi fez um censo sem autorização divina (1 Crônicas 21:1-27).
Identificação dos destinatários é fundamental para a compreensão correta das Escrituras. Quando Deus revelou suas leis ao povo de Israel, 3.500 anos atrás, ele mandou que guardassem o sábado, dessem dízimos e sacrificassem animais, mas nenhuma dessas ordens faz parte da Nova Aliança de Jesus Cristo que nos governa nos dias atuais.
Em outros casos, instruções foram dirigidas inicialmente a uma pessoa ou igreja, mas obviamente com a intenção de serem recebidas por uma audiência maior, até universal. Jesus mandou que sua palavra fosse divulgada universalmente (Marcos 16:15-16; Mateus 28:18-20). Assim, Paulo disse que o evangelho “...é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...” (Romanos 1:16). Ele afirmou que Deus “...notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo...” (Atos 17:30-31). O mesmo apóstolo enviou uma epístola “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Coríntios 1:2), e disse que suas instruções se aplicavam “em todas as igrejas dos santos” (1 Coríntios 14:33). O autor de Hebreus entendeu o valor geral da mensagem que Jesus Cristo trouxe e transmitiu por meio dos seus apóstolos (Hebreus 1:1-2; 2:1-4). Pedro disse que a mensagem do evangelho permanece eternamente (1 Pedro 1:25) e que os ouvintes dessa mensagem precisavam atendê-la (2 Pedro 1:19).
Não temos motivo de fazer uma arca em preparação para um dilúvio. Deus não pediu que viajássemos para adorar no templo em Jerusalém. Ele não estabeleceu sobre nós uma família sacerdotal para receber dízimos e ofertas. Mas ele nos chamou para ouvir o evangelho, deixar os nossos pecados e receber o perdão divino por meio do batismo (Marcos 16:16; Atos 2:38). Não devemos negligenciar as palavras que o Senhor dirigiu a todos nós!
-por Dennis Allan
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