Nesses estudos dos Salmos, estamos observando as mensagens conforme a ordem da sua composição, na medida do possível. Qualquer tentativa de organizar os Salmos em ordem cronológica levará à frustração da nossa incapacidade de identificar autores ou circunstâncias históricas de vários desses hinos sagrados. Enquanto os primeiros são relativamente fáceis, porque sabemos que Moisés viveu antes de Davi e que a perseguição que Davi sofreu pelas ordens de Saul aconteceu antes da coroação do filho de Jessé, há dezenas de Salmos que são difíceis de enquadrar historicamente.
Identificamos nomes como Asafe e Etã como contemporâneos de Davi. Quando Salmos atribuídos a esses autores falam da invasão e destruição de Jerusalém, devemos entender as suas mensagens como profecias escritas 400 anos antes dos acontecimentos, ou como mensagens compostas por descendentes desses compositores que vivenciaram o sofrimento do povo? Sabemos que muitos dos Salmos são históricos, enquanto outros contêm mensagens detalhadas prevendo eventos que aconteceriam séculos depois da sua composição. Davi publicou hinos sobre seus sofrimentos depois de passar por essas experiências angustiosas. Mas, ele escreveu outros Salmos claramente proféticos, citados diversas vezes por Jesus e os autores do Novo Testamento. Se Davi escreveu sobre Jesus mil anos antes da encarnação do Salvador, não é difícil acreditar que Asafe teria escrito sobre a destruição de Jerusalém 400 anos antes da invasão babilônica.
Comento sobre esses desafios para reforçar um fato importante em nossa continuação do estudo desse livro de louvor. Enquanto o entendimento do contexto histórico enriquece nosso estudo de vários Salmos, as mensagens desses hinos permanecem ricas e valiosas mesmo quando não temos informações suficientes para afirmar a data da sua composição. Mesmo se o arranjo parecer aleatório, cada hino de louvor traz mensagens importantes sobre a grandeza de Deus e a importância do nosso serviço a ele.
Salmo 135, sem identificação de autor ou contexto histórico, é um exemplo. Das informações internas, podemos colocar o Salmo depois da conquista da Terra e depois da escolha de Sião como local do templo em Jerusalém, ou seja, no final do reinado de Davi ou depois da sua morte.
O Salmo inicia e encerra com a palavra Aleluia, que significa “louvado seja o Senhor”. É uma palavra que inclui o nome de Deus e que sempre deve ser pronunciada com reverência. O Salmo inteiro frisa motivos para adorar a Deus.
Deus deve ser louvado porque ele é bom e grande (versos 1 a 12). O autor inicia o Salmo chamando seu povo para adorar na casa do Senhor, que ele identifica no final com o Sião (verso 21). Deus tem mostrado sua bondade e grandeza pelos seus feitos, obras completamente fora do alcance dos supostos deuses representados pelos ídolos das outras nações. Ele exerce controle sobre as forças da natureza (versos 6 e 7) e sobre os poderosos da terra (versos 8 a 12). Nesse trecho, o salmista cita as vitórias que Deus deu para Israel sobre o Egito, contra os adversários no caminho para Canaã e na conquista da terra.
Entre o Deus eterno e justo e os ídolos feitos por homens, não há comparação (versos 13 a 18). O ponto introduzido no verso 5 (“Com efeito, eu sei que o SENHOR é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses”) é expandido nesses versos. Em contraste com as grandes obras de Deus, os ídolos são completamente impotentes e inúteis. Fabricados por homens, esses “deuses” não veem, não ouvem, não falam e não fazem nada. Não há nada mais ridículo do que um homem adorar um objeto que ele mesmo fez!
Que Deus seja louvado (versos 19 a 21). É absurdo servir ídolos, mas é perfeitamente sensato adorar o único verdadeiro Deus, aquele que criou o mundo e que salva e protege os seus servos. Ele habitava em Jerusalém no sentido da sua residência ser representada pelo templo no monte Sião, mas os judeus entendiam que Deus não é limitado a um local (2 Crônicas 6:18). Deus foi o objeto da fé e religião nacional dos israelitas, e merece a honra, a obediência e o louvor de todas as suas criaturas.
-por Dennis Allan
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