O tratamento que Deus deu às nações durante o tempo do Antigo Testamento, inclusive os privilégios especiais que estendeu aos israelitas, mostrou sua justiça e sua bondade como motivos de adoração. O Salmo 67, apresentado sem identificar seu autor ou contexto histórico, incentiva o louvor de todos os povos.
A mensagem desse Salmo se aplica universalmente, por ser um apelo a todas as nações a honrarem o Senhor. Da mesma forma, esse hino não se limita a um determinado tempo. Sua letra se aplicaria perfeitamente em vários momentos da história: como reflexão de Josué depois da conquista da terra prometida, no auge da prosperidade de Israel sob os reis Davi e Salomão, depois da libertação que Deus deu ao rei Ezequias, ou até no período da volta do cativeiro e reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém, no tempo de Zorobabel, Esdras e Neemias.
O Salmo inicia com palavras baseadas na bênção sacerdotal transmitida por Moisés a Arão em Números 6:22-27:
“Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto; para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação” (versos 1 e 2).
Como observamos no texto em Números 6, essas palavras foram ligadas especificamente ao povo de Israel, comunicando a bênção do Senhor sobre seu povo escolhido. Mas, esse hino não se limita a Israel. O autor continua com uma expressão da adoração apropriada diante da graça demonstrada por Deus:
“Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos. Alegrem-se e exultem as gentes, pois julgas os povos com equidade e guias na terra as nações. Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos” (versos 3 a 5). O salmista vê Deus como merecedor da adoração de todos os povos. Ele frisa o motivo no verso 4: Deus julga e guia. Nos versos que aparecem antes e depois, ele repete as frases que assumem a função do refrão desse Salmo. Nas últimas linhas do cântico, o salmista focaliza a bondade do Senhor para com o povo escolhido, evidência que incentiva todas as nações a honrá-lo:
“A terra deu o seu fruto, e Deus, o nosso Deus, nos abençoa. Abençoe-nos Deus, e todos os confins da terra o temerão” (versos 6 e 7).
O Salmo 67 enfatiza a relação especial do povo de Israel com Deus sob a aliança que vigorou por quase 1.500 anos, de Moisés até a morte de Jesus na cruz. O tratamento privilegiado que Deus deu aos israelitas foi importante por vários motivos:
(1) A posição abençoada de Israel foi prova do amor de Deus para com esse povo, motivo do serviço motivado por gratidão (encontramos um excelente exemplo em Êxodo 14:30-31 que levou Moisés a compor o hino registrado em Êxodo 15).
(2) Outros povos, vendo a proteção dada aos israelitas, tinham motivos de se submeterem a Deus. Desde a humilhação dos egípcios derrotados pelas pragas até às confissões de Raabe (Josué 2:9-11) e de Nabocodonosor (Daniel 3:28-29), pessoas de outras nações chegaram a temer o único verdadeiro Deus.
(3) Embora não seja o foco desse Salmo, a relação especial com Israel foi a maneira que Deus protegeu os antepassados de Jesus para cumprir sua promessa de abençoar todas as famílias da terra por meio de um descendente de Abraão (Gênesis 12:3; Gálatas 3:15-18).
Deus santificou e protegeu o povo de Israel, conduzindo outros povos a adorarem o Senhor. Sua bondade e justiça continuam sendo motivos para nossa adoração nos dias de hoje.
-por Dennis Allan
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