Estudos Bíblicos

Uma Distinção Fundamental no Estudo das Escrituras

Nesta série de artigos sobre a compreensão das palavras que Deus usou para revelar sua vontade aos seres humanos, temos considerado aspectos naturais da comunicação humana como princípios para a interpretação das Escrituras. Agora, vamos voltar para um desses princípios e fazer aplicações específicas em uma área que afeta milhões de pessoas em diversos grupos religiosos.

Tanto na comunicação entre seres humanos como no estudo da Bíblia, é de grande importância identificar os destinatários para compreender qualquer mensagem (“Deus Falou para Quem?”). Alguns dos maiores erros nas doutrinas pregadas e práticas ensinadas nas igrejas hoje são consequências de ignorância ou negligência desse princípio. Nos termos mais simples possíveis: Deus deu algumas instruções para os judeus que viviam no tempo do Antigo Testamento, e outras para as pessoas que vivem no tempo do Novo Testamento.

Quase 3.500 anos atrás, Deus separou alguns dos descendentes de Abraão para ser seu povo especial. Ele fez isso olhando para trás (em cumprimento de promessas feitas séculos antes) e para frente (conforme seu plano de enviar um Salvador ao mundo por meio dessa nação escolhida). Ele usou Moisés para libertar esse povo da escravidão no Egito. Os primeiros cinco livros da nossa Bíblia, atribuídos a Moisés, falam sobre a formação dessa nação e as condições da aliança especial que Deus fez com o povo de Israel.

Por meio de Moisés, Deus revelou sua aliança para governar os israelitas. Sua linguagem foi muito clara sobre a natureza exclusiva dessa revelação. Quando o povo chegou ao monte Sinai, Deus falou sobre essa relação especial: “Subiu Moisés a Deus, e do monte o SENHOR o chamou e lhe disse: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel: Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19:3-6). Três dias depois, Deus revelou os famosos Dez Mandamentos e, logo em seguida, disse: “Assim dirás aos filhos de Israel: Vistes que dos céus eu vos falei” (Êxodo 20:22). As leis que Deus revelou no monte Sinai foram para os hebreus, não para todos os seres humanos.

Alguns dos mandamentos que Deus revelou aos israelitas foram dados, em palavras diferentes e em outras ocasiões, para os demais povos. Observemos um exemplo, a proibição do homicídio. Esse mandamento (“Não matarás” – Êxodo 20:13) foi revelado bem antes de Moisés na condenação de Caim (Gênesis 4:8-12) e nas orientações dadas à família de Noé (Gênesis 9:5-6). Jesus, ao revelar a palavra que julgará todos nós (João 12:48), não condenou apenas o homicídio como também as atitudes que levam a esse crime (Mateus 5:21-26). Seus apóstolos transmitiram a mesma mensagem (1 João 3:11-12).

Vários outros mandamentos que Deus deu aos israelitas foram revelados para outros povos e especificamente incorporados no ensinamento de Jesus: “Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mateus 15:18-19). Devemos respeitar esses princípios, não porque foram dados aos israelitas, mas porque foram dados a nós!

A lei que Deus deu ao povo de Israel por meio de Moisés serviu um papel importante, mas limitado, e não está em vigor hoje. Aquela lei serviu como um tutor ou guardião temporário (Gálatas 3:23-25). Ninguém, nem os próprios judeus, está subordinado aquele sistema de lei hoje, pois Jesus trouxe a libertação (Romanos 7:6) e revelou sua própria lei perfeita (Tiago 1:25).

No próximo artigo, vamos considerar outros detalhes referentes a essa mudança de alianças, reforçando ainda mais a necessidade de identificar os destinatários quando estudamos as Escrituras.

-por Dennis Allan

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