Quem compreende a comunicação verbal entre seres humanos tem condições de entender as mensagens que Deus comunica às suas criaturas. Deus nos deu a capacidade de falar e de interpretar o que os outros dizem. Quando observamos as características da comunicação do dia a dia, encontramos as ferramentas para interpretar as Escrituras. Consideremos dois exemplos de expressões que usamos e ouvimos nas nossas conversas.
Acréscimos. “Eu não disse isso. Não coloque palavras na minha boca!” Já ouviu alguém falar assim? É provável que você já tenha usado expressões parecidas várias vezes. Não damos a liberdade para outros falarem por nós, presumindo o direito de atribuir a nós palavras que nunca falamos.
Se não temos esse direito nas conversas do dia a dia entre semelhantes, muito menos quando tratamos das palavras comunicadas por Deus aos seres humanos que ele criou. Deus fala com precisão, e não deu às suas criaturas o direito de colocar palavras na sua boca! O sábio Agur disse: “Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso” (Provérbios 30:5-6).
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Deus avisou sobre o perigo de fazer acréscimos. Aos israelitas, ele disse: “Tudo o que eu te ordeno observarás; nada lhe acrescentarás, nem diminuirás” (Deuteronômio 12:32). Aproximadamente 1.500 anos depois de revelar essas palavras a Moisés, o Senhor falou a mesma coisa por meio do apóstolo João quando lhe revelou a mensagem do Apocalipse: “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro” (Apocalipse 22:18-19).
Não temos direito de colocar palavras na boca de Deus!
Ajustes. “Não foi isso que você falou, mas eu entendi o que você queria dizer.” Esse tipo de afirmação é um pouco mais delicado. Confesso que já falei palavras assim para a minha mulher, e ela já falou a mesma coisa para mim. Nem sempre é motivo de ofensa, pois é comum para um ser humano errar, trocar uma palavra ou um nome, e a outra pessoa ainda entender seu significado. Nesses casos, admitimos a nossa imperfeição. Falamos errado, mas a outra pessoa, que nos conhece e entende o contexto, consegue fazer um ajuste mental e compreender a nossa intenção. O ouvinte reconhece a falha do falante e faz a correção para que a comunicação continue.
Posso admitir as minhas limitações e aceitar a capacidade da minha esposa de corrigir as minhas falhas. Quando nós comunicamos com Deus, o Espírito Santo faz a mesma coisa e faz ajustes por nossa fraqueza em não conseguir nos expressar bem (Romanos 8:26). Mas, isso não funciona quando Deus fala conosco. Neste caso, quem fala é perfeito, e o ser humano que ouve suas palavras não tem direito nem capacidade de corrigir, ajustar ou melhorar o que Deus falou. A palavra de Deus é eterna e perfeita, não sujeita a atualizações e modificações humanas (Isaías 40:8; Marcos 13:31; 1 Pedro 1:23-25).
As práticas de alterar, distorcer, perverter ou adulterar a palavra de Deus são tratadas na Bíblia como ofensas gravíssimas contra o Senhor. Quando Elimas perverteu “os retos caminhos do Senhor”, ele foi descrito como filho do diabo (Atos 13:10). Paulo escreveu referente a uma das primeiras apostasias entre cristãos: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gálatas 1:6-8). Pedro disse que a prática de deturpar as Escrituras e introduzir heresias leva à destruição (2 Pedro 3:16; 2:1). Não temos direito de modificar o que Deus diz!
Devemos receber as palavras que Deus revelou nas Escrituras, sem fazer acréscimos ou ajustes!
-por Dennis Allan
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