Não sabemos quando ou por quem o Salmo 123 foi composto, mas sua mensagem reflete os sentimentos de pessoas de todos os tempos que procuram o livramento divino em momentos de grande angústia. Incluído entre os cânticos de romagem (subidas ou degraus), esse hino seria especialmente rico em sentido quando cantado por adoradores subindo para participar de grandes festas religiosas em Jerusalém.
“A ti, que habitas nos céus, elevo os olhos!” (verso 1). O destino dos adoradores durante o tempo do Antigo Testamento foi o templo em Jerusalém, mas seus pensamentos e palavras de louvor iam mais longe. Entendiam que o santuário construído por Salomão ou o novo edifício feito nos dias de Zorobabel servia apenas para representar a presença de Deus. Na dedicação do templo, Salomão disse: “Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei” (1 Reis 8:27). Foi o próprio Deus que deu significado àquele lugar, e assim Salomão queria que as orações feitas em Jerusalém fossem ouvidas pelo Senhor no céu: “Para que os teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, sobre este lugar, do qual disseste: O meu nome estará ali; para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar. Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem neste lugar; ouve no céu, lugar da tua habitação; ouve e perdoa” (1 Reis 8:29-30). Foi com essa esperança que os israelitas caminhavam para a cidade santa para levantar seus olhos e suas vozes a Deus.
Em nosso louvor, devemos sempre lembrar que estamos elevando os olhos para o céu, o trono de Deus. Ele está muito acima de nós, e merece toda a reverência e honra da nossa parte. Deus não é nosso colega ou semelhante, e não deve ser visto ou tratado como igual a nós. Ele é o santo Criador que nos julgará, merecedor de louvor e glória.
“Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR, nosso Deus, até que se compadeça de nós” (verso 2). Um servo olha para a mão do seu senhor por dois motivos principais: direção e sustento. Um gesto da mão serve para instruir e enviar o servo para cumprir uma tarefa. Os servos do Senhor olham para ele para receber orientação de como servir e agradar ao Senhor. O servo depende do seu senhor, também, por seu sustento, e assim o salmista fala de continuar olhando até Deus demonstrar compaixão para com esse povo sofredor.
Essa figura de um servo, um escravo, vivendo em obediência e submissão ao seu senhor nos lembra da importância da nossa submissão humilde e completa ao Senhor. Seus servos foram comprados por preço, o alto preço do sangue de Jesus derramado na cruz (1 Coríntios 6:20; Atos 20:28). Cabe a nós demonstrar sujeição absoluta ao nosso dono. Devemos obedecer a todas as coisas que Jesus ordena (Mateus 28:18-20).
“Tem misericórdia de nós, SENHOR, tem misericórdia; pois estamos sobremodo fartos de desprezo” (verso 3). O desespero do salmista, representando sua amada nação, se torna evidente nas suas palavras enfáticas. Ele repete o apelo pela misericórdia do Senhor e explica a circunstância angustiante do povo. Ser fartos de desprezo já seria uma expressão forte, mas ele destaca o grau de sofrimento ainda mais quando diz “sobremodo fartos de desprezo”. A nação chegou ao fundo do poço. A única saída foi elevar os olhos para Deus no céu.
“A nossa alma está saturada do escárnio dos que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos” (verso 4). A comparação de várias traduções mostra a dificuldade em comunicar totalmente o sentido desse verso. Quem está zombando do povo de Deus são pessoas descritas como arrogantes, ricas e à sua vontade, ou seja, aqueles que vivem sem preocupações e ainda desprezam os sofredores. A situação estava quase insuportável, como as palavras do autor sugerem: “A nossa alma está saturada...” A solução não viria da força dos oprimidos e nem do arrependimento dos opressores, e sim da misericórdia de Deus.
Se vier sobre nós circunstâncias de angústia que parecem insuportáveis, devemos lembrar desse Salmo e da atitude do seu autor, e elevar os nossos olhos a Deus.
-por Dennis Allan
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