Aprendi uma lição importante com o meu sogro. Nas primeiras visitas à casa dele, quando fui conhecer a família da namorada que se tornaria minha mulher, observei a maneira dele agir e conversar. Ele não se mostrou autoritário, mas obviamente foi respeitado pela família toda. Quando a família sentava à mesa para almoçar, ele conduzia conversas envolvendo todos. Quando falava, ele se mostrava pensativo, às vezes pausando antes de completar suas frases. Em alguns momentos, outras pessoas se mostravam impacientes e aproveitavam as pausas para tentar agilizar a conversa, completando as frases dele. Ou, melhor dizer, tentavam completar as frases dele. Quando isso acontecia, ele se calava, esperava a outra pessoa terminar de falar, e continuava sua conversa: “Como eu estava dizendo antes de ser interrompido...” Sem levantar a voz, ele deixou claro que outros não tinham o direito de presumir o que ele ia falar. Mesmo quando pausava, era para esperar ele terminar suas próprias frases.
É comum ficar irritados quando outros completam os nossos pensamentos, presumindo falar quando nós não dizemos nada. Esse comportamento é visto como uma demonstração de falta de respeito e educação.
Se não temos o direito de completar as frases dos outros seres humanos, certamente não devemos falar quando Deus se cala. Quando se trata do silêncio de Deus, há três fatos revelados nas Escrituras que devemos respeitar:
(1) Deus não revelou tudo que gostaríamos de saber. Quando estudamos as Escrituras, é normal sentir-nos como crianças curiosas sempre querendo saber mais. Seria interessante encontrar mais detalhes sobre a Criação ou saber para onde foram os apóstolos que recebem pouca atenção no livro de Atos. Deus não nos deu a revelação das Escrituras para satisfazer curiosidades, e sim para estabelecer a nossa fé. É inconcebível que criaturas finitas compreenderiam seu Criador infinito. Davi disse: “Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles! Se os contasse, excedem os grãos de areia; contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim” (Salmo 139:17-18). Deus claramente disse que não revelou tudo, mas que nos deu o que é necessário para obedecê-lo: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29:29).
(2) Deus revelou tudo que precisamos. O propósito da revelação divina não foi de satisfazer curiosidades, e sim de guiar os seres humanos à comunhão com Deus. Os homens escolhidos por Jesus para completar seu trabalho da revelação do evangelho afirmaram que a obra foi completada na sua geração. O apóstolo Pedro escreveu: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (2 Pedro 1:3). Judas acrescentou este comentário: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3). Pessoas que alegam comunicar novas revelações de Deus estão presumindo falar, tentando completar as frases do Senhor. Entre seres humanos, pode ser falta de educação fazer isso. Agir assim com Deus é muito mais ofensivo! Ele disse: “Eis que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse” (Jeremias 23:31).
(3) Deus avisou sobre o perigo de ir além da sua revelação. Ousar falar quando Deus não disse nada é presunção perigosa. O apóstolo Paulo ensinou os cristãos a não ultrapassar o que está escrito (1 Coríntios 4:6). O apóstolo João explicou o perigo de ir além da palavra do Senhor e o benefício de respeitar o que Deus tem revelado: “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho” (2 João 9).
Não cabe a nós completar o que Deus tem revelado. Devemos respeitar suas palavras e seu silêncio.
-por Dennis Allan
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