O Antigo Testamento registra fatos importantes de aproximadamente mil anos da história do povo de Israel. Começando com a formação da nação na sua saída da escravidão egípcia, esse relato continua até a reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém no tempo de Esdras, Neemias e Malaquias, pouco mais de 400 anos antes do nascimento de Jesus. Durante essa história, houve vários momentos de arrependimento nacional, quando o povo entendeu seu sofrimento como consequência justa da sua rebeldia contra Deus.
Era comum, nessas demonstrações de remorso, um ou mais dos líderes do povo levantar orações ao Senhor a favor da nação, pedindo a compaixão de Deus e o perdão dos pecados do povo. Moisés fez isso quando Arão fez o bezerro de ouro e facilitou a idolatria do povo ao pé do monte Sinai (Êxodo 32:11-14,30-34) e quando os espiões covardes persuadiram o povo a desistir da conquista de Canaã (Números 14:13-19). Daniel, entre os judeus cativos na Babilônia, fez intercessão confessando os pecados da nação (Daniel 9:1-19). Esdras, depois de voltar do cativeiro e descobrir graves pecados dos líderes em Jerusalém, identificou-se com os pecados dos outros na sua oração a favor do povo (Esdras 9:5-15). Na mesma época, Neemias fez uma oração parecida antes de sair da Pérsia para ajudar o povo em Jerusalém (Neemias 1:4-11).
Salmo 130 se situa em um momento desses, sem identificar qual. O autor, falando como representante do povo, pede perdão pelos seus pecados com base na clemência divina.
“Das profundezas clamo a ti, SENHOR. Escuta, Senhor, a minha voz; estejam alertas os teus ouvidos às minhas súplicas” (versos 1 e 2). O salmista começa com um apelo para Deus atender sua oração, pois ele entende que o pecado do povo impede sua comunicação com o Senhor. Enquanto a Bíblia frequentemente fala de Deus ouvir as orações dos fiéis, ela não oferece a mesma garantia aos rebeldes. Pelo contrário, o pecado levanta uma barreira entre o homem e Deus (Isaías 59:1-2).
O autor desse hino continua, abordando especificamente o problema dessa barreira: “Se observares, SENHOR, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá?” (verso 3). Um fato fundamental nas Escrituras é a indignidade de todos nós diante de Deus. Em cada geração desde a queda do primeiro casal no Éden, os seres humanos têm cometido pecados contra seu Criador (Romanos 3:23; 5:12). Se fôssemos julgados estritamente nos méritos da nossa causa, todos nós seríamos condenados à morte eterna, o justo salário do pecado (Romanos 6:23). Se Deus olhasse para os pecados do homem, nenhum permaneceria.
O salmista continua com outro ensinamento essencial da mensagem bíblica, a graça de Deus: “Contigo, porém, está o perdão, para que te temam” (verso 4). Deus oferece perdão aos arrependidos que buscam seu favor. O salmista pede pela nação de Israel, mas a mensagem mais ampla das Escrituras trata da misericórdia demonstrada para todos. A clemência divina se encarnou na pessoa de Jesus Cristo, o único caminho ao Pai (João 14:6; Atos 4:12). Ele revelou o amor de Deus para todos, não porque nós merecemos, mas porque ele é misericordioso (Tito 3:4-5).
Depois do apelo, o salmista se mostra paciente, esperando a resposta do Senhor: “Aguardo o SENHOR, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra. A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã, espere Israel no SENHOR, pois no SENHOR há misericórdia; nele, copiosa redenção. É ele quem redime a Israel de todas as suas iniquidades” (versos 5 a 8). O autor usa a figura de guardas esperando chegar a luz do dia. Seu trabalho de vigiar durante a noite inclui momentos nervosos, a preocupação com os perigos invisíveis da noite e o risco de serem surpreendidos por um invasor. Que alívio quando chegar o novo dia! Dessa maneira, o salmista desejava ansiosamente a chegada do perdão de Deus, que traria imenso alívio para a nação de Israel. O perigo teria passado, e a sua comunhão com o Senhor seria restaurada. Ele confiou em Deus, que mostra misericórdia e ampla redenção.
Passamos por momentos difíceis, talvez consequências dos nossos próprios pecados. Devemos demonstrar o arrependimento e buscar a redenção divina em Jesus Cristo.
-por Dennis Allan
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