Sião foi o monte do templo dos judeus em Jerusalém, a mesma palavra usada, às vezes, para representar a cidade em si. Babilônia foi a nação usada por Deus para castigar o povo de Judá e destruir a cidade de Jerusalém em 586 a.C. Foi, também, o local do cativeiro dos judeus que sobreviveram a guerra contra a Babilônia. Nas colônias dos cativos, perto dos canais na Babilônia, os judeus lamentaram sobre sua separação do Senhor e ausência do local de adoração. O Salmo 137 vem desse período do cativeiro.
O salmo inicia com uma lamentação (versos 1 a 4).
“Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião” (verso 1). Os judeus sentiam saudade da sua terra e, especificamente, do local de adoração nacional, o templo em Jerusalém. Antes da invasão babilônica, muitos deles achavam impossível Deus permitir a destruição da sua casa, o magnífico templo construído pelo rei Salomão mais de 300 anos antes. Mas, como Deus explicou por meio de Jeremias, Ezequiel e outros profetas, ele abandonou a casa porque o povo já havia abandonado o Senhor.
“Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?” (versos 2 a 4). Os cativos penduraram suas harpas, instrumentos claramente ligados à adoração coletiva em Jerusalém, porque a Babilônia não foi o lugar para seu louvor nacional. Os babilônios, talvez por curiosidade ou para se divertir com o sofrimento dos seus cativos, pediram a eles que cantassem seus hinos. Os judeus não conseguiram, por entenderem que estavam longes da presença do Senhor.
O hino continua com uma declaração da fidelidade do povo de Judá (versos 5 e 6).
“Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria” (versos 5 e 6). Como maneira de jurar lealdade à religião de Israel, os cativos pronunciam uma forma de maldição contra si. Se não forem fiéis a Jerusalém, seriam merecedores de severos castigos.
O cântico encerra com apelos imprecatórios contra os inimigos do povo (versos 7 a 9).
“Contra os filhos de Edom, lembra-te, SENHOR, do dia de Jerusalém, pois diziam: Arrasai, arrasai-a, até aos fundamentos” (verso 7). Os edomitas eram descendentes de Esaú e, assim, descendentes de Abraão e parentes próximos dos israelitas. Ocupavam um território ao sul de Israel. Esse salmista junta sua voz à dos profetas que condenaram Edom por se alinhar com os inimigos de Israel, até dificultando a fuga dos judeus sob ataque (Ezequiel 25:12-14; Amós 1:11).
“Filha da Babilônia, que hás de ser destruída, feliz aquele que te der o pago do mal que nos fizeste. Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra” (versos 8 e 9). No final, o salmista olha para os opressores que levaram o povo ao cativeiro e destruíram o templo e a cidade principal de Judá. Os babilônios foram instrumentos de Deus para executar sua ira contra Judá, mas esse fato não isentou aquela nação cruel da culpa dos seus próprios crimes. Sua violência exagerada e sua falta de reverência para com Deus foram motivos do castigo que veio sobre sua nação poucas décadas depois da destruição do templo em Jerusalém. Jeremias, Daniel e outros profetas do período falaram dos motivos da destruição que Deus traria sobre a Babilônia. O salmista aqui se regozija ao pensar sobre a queda daquele império, desejando a justiça divina contra a nação responsável por tanto sofrimento dos judeus.
Deus foi justo ao castigar Judá, e aplicou a mesma justiça quando puniu a Babilônia e permitiu que os judeus voltassem para adorar novamente em Jerusalém.
-por Dennis Allan
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