O Valor de Mapas e Atlas Bíblicos

O principal meio que Deus escolheu para ensinar os seres humanos foi por registros históricos. Dependendo da maneira de separar narração de história e mensagens didáticas, estudiosos sugerem que relatos históricos ocupam entre 45% e 75% da Bíblia. Até muitos historiadores seculares admitem que esses registros são mais confiáveis do que outras fontes sobre a antiguidade, uma observação que não surpreende pessoas que reconhecem a Bíblia como a revelação inspirada por Deus.

A história é interligada à geografia. As informações históricas nas Escrituras envolvem o movimento de milhões de pessoas em três continentes durante milhares de anos. Trata de pessoas subindo montanhas, atravessando desertos e mares, cavando poços e construindo cidades. Inclui informações sobre batalhas importantes, a expansão e a queda de importantes impérios e a divulgação da mensagem do evangelho.

Mapas e outros recursos sobre a geografia servem para enriquecer nosso estudo das Escrituras. Há vários tipos disponíveis, entre eles:

Mapas. A maioria das Bíblias impressas inclui alguns mapas para mostrar as áreas mais importantes da história bíblica. Há mapas maiores feitos para fixar na parede, e livrinhos com vários mapas de regiões e períodos diferentes. Até os mapas mais simples ajudam para seguir as mudanças de Abraão, a jornada dos israelitas do Egito à terra de Canaã, o ministério de Jesus, as viagens de Paulo etc. O leitor pode encontrar em livrarias, sites na Internet e aplicativos para celulares mapas desse tipo, às vezes com informações adicionais sobre os locais identificados.

Atlas Bíblicos. Desde os pequenos livrinhos até os grandes volumes, a função dos atlas bíblicos é fornecer informações sobre a geografia que acompanha a história. Para isso, esses livros não somente reúnem mapas de regiões diferentes, mas tipicamente oferecem detalhes pertinentes para o estudo de determinados períodos históricos.

Um bom atlas pode ser muito útil para entender:

A Topografia. Mapas simples impressos no papel não transmitem bem as realidades da vida e do movimento de pessoas nas regiões apresentadas. Se o mapa mostrar diferenças de elevação, já dá uma noção melhor de como seria muito mais difícil passar por alguns lugares do que outros. Um mapa identifica mares, lagos e rios, ajudando ainda mais a ter uma noção dos desafios para se movimentar em uma região. Um bom atlas, porém, incluirá outros detalhes, descrições e até fotos para explicar melhor a realidade de determinados lugares e rotas. A famosa parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:25-37), por exemplo, se torna mais rica quando se entende que a estrada de Jerusalém a Jericó descia uma serra de mais de 1.000 metros de diferença de elevação em uma distância de uns 25 quilômetros.

Climas. Quase todos os lugares citados na Bíblia se situavam no hemisfério norte, que significa que suas estações seriam opostas às nossas no hemisfério sul. A primavera deles seria de março a junho, o verão de junho a setembro e assim em diante. Assim percebemos que o naufrágio de Paulo e Lucas em Atos 27 aconteceu aproximadamente em dezembro, e a continuação da viagem, provavelmente, foi em março ou abril (Atos 28:11).

Divisões e Mudanças Políticas. A maioria dos mapas focaliza as divisas entre países diferentes. Em um atlas bíblico, podemos encontrar diversos mapas da mesma área geográfica, mas com nomes diferentes de países e divisas completamente distintas. Da mesma maneira que um mapa do Brasil do século 16 não serve para estudar a circunstância atual do país, um mapa de Israel no reinado de Salomão seria pouco útil no estudo da vida de Jesus, mesmo sabendo que ele andava no mesmo território.

Fatos históricos e costumes culturais. Os atlas mais completos frequentemente incluem informações adicionais sobre costumes culturais, governos, guerras e outros fatos que ajudam para compreender melhor alguns detalhes na leitura bíblica.

Mapas e atlas são excelentes recursos para o estudo da história, inclusive da história bíblica.

-por Dennis Allan