Estudos Bíblicos

Crime em uma Sinagoga em Pittsburgh

Manchetes internacionais trouxeram a triste notícia de mais um crime de ódio, desta vez um massacre em uma sinagoga na cidade de Pittsburgh (EUA). No dia 27/10/2018, Robert Bowers interrompeu uma reunião religiosa, gritando expressões de ódio aos judeus enquanto atirava nas pessoas presentes, matando onze e machucando vários outros.

Como sempre acontece depois de um crime desse tipo, jornalistas e políticos discutem várias questões, geralmente atribuindo culpa aos seus adversários políticos. Alguns usam o caso para defender o desarmamento dos cidadãos, e outros dizem que é motivo de incentivar que mais cidadãos sejam armados para se defenderem.

Entendo alguns dos argumentos dos dois lados, sejam sobre porte de armas ou outros fatores que podem contribuir a crimes desse tipo, mas reconheço que as autoridades enfrentam questões complicadas quando procuram estabelecer leis que beneficiam uma população diversa.

Diante de atrocidades como o massacre em Pittsburgh, os ensinamentos do evangelho de Jesus Cristo nos ajudam.

Devemos evitar julgamentos preconceituosos. O crime em Pittsburgh foi cometido por um homem que considera judeus inferiores aos outros, uma atitude repreensível compartilhada por muitos outros ao longo da história. O apóstolo Pedro sofreu com o outro lado da mesma questão. No início do seu trabalho apostólico, ele considerava os judeus superiores aos outros. Mas, ele se arrependeu quando Deus lhe revelou uma verdade fundamental: “Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável” (Atos 10:34-35).

É errado julgar uma pessoa inferior ou má por causa da sua nacionalidade, cor ou sexo. Um outro judeu que se converteu a Cristo disse: “...de um só [Deus] fez toda a raça humana...” (Atos 17:26). Se todos nós somos descendentes do mesmo homem, não temos base para afirmar que um grupo de pessoas valha mais que outro.

Devemos amar os outros, até os inimigos. Apesar das perversões da sua doutrina por alguns extremistas nos dias de hoje, Jesus pregou o amor. Ele corrigiu entendimentos equivocados sobre o amor ao próximo, usando o exemplo dos samaritanos, uma classe de pessoas desprezada pelos judeus (Lucas 10:25-37). No seu famoso e rico sermão do monte, Jesus claramente ensinou seus seguidores a amar os inimigos, contrariando ensinamentos comuns: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mateus 5:43-45).

Amor aos outros não significa aprovação dos seus atos. O próprio Jesus censurou fortemente as condutas contrárias à vontade do Pai. Defender uma crença religiosa ou criticar outra não significa ódio ou preconceito. Mostrar para alguém que seus atos violam os ensinamentos do Senhor não é um ato de ódio. Como Pedro disse na citação acima (Atos 10:35), o próprio Senhor julga conforme o que o homem faz. Podemos e devemos repreender o pecado por causa do desejo de conduzir o pecador à salvação. Criticar meus erros pode ser um ato de amor. Atirar em mim porque nasci em lugar diferente ou tenho outra cor de pele não seria!

Devemos fazer o bem a todos, evitar a vingança e promover a paz. Paulo escreveu: “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Romanos 12:17-21).

É correto ficarmos tristes e revoltados com crimes de ódio como o massacre em Pittsburgh. Nossa reação deve ser uma de promover o amor verdadeiro.

-por Dennis Allan


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