Possivelmente escrito na época do retorno dos hebreus do exílio na Babilônia, o Salmo 146 é um rico hino de adoração ao Senhor. O cântico começa e termina com a exclamação “Aleluia!” (louvado seja o Senhor). Sua mensagem avança de uma declaração particular de adoração à instrução aos leitores a confiarem exclusivamente em Deus, seguida por vários motivos que mostram sua dignidade de ser louvado. Entendido no contexto das experiências dos judeus na Babilônia e depois de voltar para Jerusalém, essas declarações se tornam especialmente importantes.
O autor anônimo abre o hino com sua própria promessa de louvor ao Senhor por toda a sua vida: “Aleluia! Louva, ó minha alma, ao SENHOR. Louvarei ao SENHOR durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu viver” (versos 1 e 2). Não importa em que terra, século ou circunstância vivemos, todos nós fomos criados com o propósito de honrar o nosso Criador durante a vida aqui e por toda a eternidade. A impressionante cena celestial de Apocalipse 4 e 5 apresenta o céu como ambiente de adoração incessante a Deus. Que busquemos nosso lugar naquele coro celestial!
“Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios” (versos 3 e 4). Antes de serem levados à Babilônia, os judeus haviam debatido sobre alianças políticas e militares, enquanto profetas como Isaías e Jeremias imploraram para eles confiarem em Deus. Esses versos ficam em contraste com o resto do hino, que fala dos motivos de confiar no Senhor.
“Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR, seu Deus, que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para sempre a sua fidelidade. Que faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome” (versos 5 a 7). Quando falamos sobre as bem-aventuranças, expressões que significam felicidade espiritual, normalmente pensamos sobre as palavras de Jesus na abertura do Sermão do Monte (Mateus 5:3-12). Essa linguagem, porém, é muito comum nos Salmos, aparecendo em quase 20 desses hinos. Neste caso, o salmista declara o lado positivo da bem-aventurança que inicia o livro: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Salmo 1:1).
Em defesa dessa afirmação da felicidade daqueles que confiam em Deus, o autor continua com uma série de declarações sobre a compaixão do Senhor para com as pessoas que parecem infelizes: “O SENHOR liberta os encarcerados. O SENHOR abre os olhos aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos, o SENHOR ama os justos. O SENHOR guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios” (versos 7 a 9). É difícil achar felicidade nas circunstâncias descritas nesses versos. No mundo, os encarcerados, cegos, abatidos, órfãos e viúvas não são vistos como felizes e abençoados. Mas a perspectiva do Salmista é outra. Ele entende que, mesmo quando o mundo despreza essas pessoas e vira as costas, o Criador do Universo se preocupa com elas. A felicidade não está nos homens fortes, nem em ser visto como forte pelos homens. A vida abençoada é da pessoa que confia no Senhor em todos os momentos e em todas as circunstâncias.
“O SENHOR reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia!” (verso 10). O eterno Deus permanece em contraste total aos homens poderosos descritos nos versos 3 e 4. Eles morrem e seus trabalho e projetos morrem com eles, mas Deus reina para sempre.
Sião, o monte do templo em Jerusalém, representava simbolicamente o trono de Deus. Enquanto as grandes cidades dos impérios da época tinham seus diversos deuses, o verdadeiro domínio pertencia e ainda pertence ao único verdadeiro Deus. O eterno Rei adorado pelos judeus em Jerusalém é o mesmo que continua reinando hoje e para sempre. Séculos depois da composição desse Salmo, o apóstolo João registrou as palavras do Senhor: “’Eu sou o Alfa e o Ômega’, diz o Senhor Deus, ‘aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso’” (Apocalipse 1:8).
Louvado seja Deus para toda a eternidade!
-por Dennis Allan
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