Não precisa estudar muito para descobrir que a comemoração do Natal, como praticada no Brasil e muitos outros países, tem pouco a ver com o nascimento de Jesus. O fato é que nós não sabemos o dia, mês ou ano que Jesus nasceu. Não sabemos quantos magos visitaram o bebê, mas sabemos que sua visita não aconteceu enquanto ele ainda usava a manjedoura como berço. E sabemos que nenhum dos apóstolos enviados por Jesus ensinou os primeiros cristãos a comemorar esse nascimento, pois eles enfatizaram a importância de lembrar a sua morte sacrificial na cruz. Apesar das distorções sobre Jesus e da comercialização da data comemorativa, o Natal é visto no mundo inteiro como uma oportunidade para famílias se reunirem e cultivarem seu amor.
Deixando o assunto da comemoração moderna do Natal, ainda podemos apreciar o impacto do nascimento de Jesus Cristo, que ocorreu um pouco mais de 2.000 anos atrás. A encarnação de Jesus foi um passo fundamental no plano eterno de Deus para resgatar seres humanos dos seus pecados e das consequências deles. Até os mínimos detalhes demonstraram que Deus estava agindo de forma especial, até cumprindo profecias reveladas séculos antes.
Jesus foi descendente de Abraão, Isaque, Jacó e Judá, em cumprimento a uma série de promessas no livro de Gênesis. Deus havia falado para Abraão sobre esse descendente (Gênesis 12:3; 22:17-18), e repetiu a promessa a Isaque (Gênesis 28:14). Este, por sua vez, abençoou Jacó, quem identificou Judá, o quarto dos seus doze filhos, como pai da tribo da qual viria o grande rei (Gênesis 49:8-12). Durante milhares de anos, Deus estava preparando para enviar seu Filho para nos oferecer a salvação dos nossos pecados.
Jesus nasceu para ser rei, descendente do segundo rei de Israel, Davi. Dois dos quatro relatos do evangelho (as boas novas) registram a genealogia de Jesus. Quando comparamos Mateus 1 e Lucas 3, observamos diferenças, evidentemente um dos relatos traçando a genealogia legal pelo pai adotivo, José, e o outro registrando a descendência biológica, que viria apenas do lado da mãe. Mas as duas listas demonstram que Jesus veio como descendente de Davi. Esse fato é importante porque Deus havia falado para Davi, 1.000 anos antes do nascimento de Jesus: “Quando os seus dias se completarem e você descansar com os seus pais, então farei surgir depois de você o seu descendente, que procederá de você, e estabelecerei o seu reino” (2 Samuel 7:12). Houve um momento na história que a linha de sucessão foi reduzida a um bebê indefeso, mas Deus protegeu aquele menino para dar continuidade ao seu plano eterno, que incluiu o nascimento de Jesus no momento predeterminado pelo Senhor.
Jesus nasceu em uma pequena cidade escolhida por Deus. Maria e José moravam longe de Belém, mas o Soberano do Universo controlou os acontecimentos para que ela chegasse a Belém a tempo para o parto. Por que importa? Porque 700 anos antes, o profeta Miqueias havia revelado o local do nascimento: “E você, Belém-Efrata, que é pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de você me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miqueias 5:2). O profeta não tinha como adivinhar o local do nascimento de Jesus, mas foi fiel ao revelar o que Deus disse.
Além de cumprir profecias, a maneira escolhida para a encarnação de Jesus serviu como mais uma prova fantástica da sua divindade. O pai legal citado na sua genealogia não era o pai biológico, porque Jesus foi o único homem na história que nasceu de uma virgem. Isaías havia profetizado sobre esse nascimento milagroso 700 anos antes: “Portanto, o Senhor mesmo lhes dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (Isaías 7:14).
O nascimento de Jesus Cristo foi parte necessária de um plano perfeito, eterno e complexo concebido pelo Soberano Deus. Jesus veio para mostrar como viver, para se qualificar como nosso Sumo Sacerdote e para se oferecer como sacrifício pelos nossos pecados. A comemoração digna não se resume em enfeites, presentes e pratos cheios de comida deliciosa. O que Jesus merece é nossa gratidão e dedicação todos os dias, porque um dia, mais de 2.000 anos atrás, “na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:11).
-por Dennis Allan
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