Meu netinho de quatro anos chegou com um sorriso enorme e uma folha de sulfite na mão. Entregou seu presente para mim, a folha rabiscada usando lápis de três cores diferentes. Olhando para sua obra de arte, eu ainda fico na dúvida sobre o que o desenho representa. Uma casa? Um carro? Talvez um livro? Sinceramente, não sei!
Guardei o papel, não por ser uma obra-prima destinada a um museu de arte. Com certeza, não vejo valor monetário no trabalho do menino. Aquela folha representa uma demonstração sincera de carinho de uma criança que queria agradar seu avô. Imagino que a maioria dos pais e avós tem obras parecidas guardadas em lugares seguros.
É muito fácil para seres humanos ficarem impressionados com seus próprios feitos. Ficamos maravilhados com grandes obras de engenharia e avanços da tecnologia. Pinturas bonitas e apresentações musicais podem nos deixar admirados com o talento dos artistas. Atletas habilidosos prendem a atenção de milhões de admiradores.
Mas será que impressionamos o nosso Criador? Qualquer habilidade que temos nos foi dada pelo nosso Criador. Quando nós aprendemos usar parte do cérebro ou controlar alguns músculos do corpo, qual motivo Deus teria para ficar admirado?
No contexto espiritual, qual obra de um ser humano seria impressionante para Deus? Novamente, é fácil se orgulhar de alguma realização, mesmo no âmbito espiritual, mas o que poderíamos fazer para impressionar Deus. Ele admira a beleza das vozes que usamos para entoar cânticos de louvor? Ele fica maravilhado com a profundidade do nosso conhecimento das Escrituras? Deus é impressionado com a eloquência das nossas orações, pregações ou palestras? Ele considera passos iniciais de fé, arrependimento ou batismo como obras que merecem recompensa?
Nossas maiores realizações não passam de rabiscos infantis. É inconcebível que algum feito humano fosse impressionante para o nosso Criador. Mas as demonstrações de fé e o serviço de adoração que oferecemos parecem mesmo com o desenho que meu netinho me deu. Avós e pais não medem o valor da obra em si, pois recebem desenhos infantis como demonstrações de carinho, gestos do amor puro de uma criança inocente que deseja agradar.
Nada que fazemos tem valor de merecer alguma coisa de Deus. Ninguém pode ser salvo por suas próprias obras. Paulo escreveu: “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9). Jesus disse: “Assim também vocês, depois de terem feito tudo o que lhes foi ordenado, digam: “Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”(Lucas 17:10). Qualquer noção de salvação por obras de mérito contradiz a mensagem da graça do evangelho.
Isso não significa, porém, que Deus não deseja receber os nossos rabiscos. O esforço para agradar o Senhor, apesar de todas as nossas imperfeições e limitações, é a maneira que temos para demonstrar amor e gratidão para Deus. Jesus não ensinou os homens que seria possível conquistar um lugar no céu por obras de caridade ou de obediência perfeita, mas isso não significa que ele não deseja, aliás, exige, a obediência. O cumprimento das instruções do Senhor não é o pagamento de uma dívida. Jesus foi o único capaz de pagar a nossa dívida e ele fez o pagamento em sangue quando morreu na cruz. Pela obediência, mostramos amor para com Jesus. Ele disse: “Se vocês me amam, guardarão os meus mandamentos” (João 14:15).
Quando meu neto me traz um dos seus desenhos primitivos, ele está valorizando um vínculo especial do nosso relacionamento familiar. E quando entregamos os rabiscos da nossa obediência imperfeita a Deus, estamos afirmando o desejo de manter um relacionamento especial com ele. Jesus afirmou: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e o meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras” (João 14:23-24). Os cristãos, pessoas salvas pelo sacrifício de Jesus, foram adotados por Deus e têm intimidade de filhos quando falam com seu Pai (Romanos 8:15-17). Que bom que ele recebe rabiscos infantis!
-por Dennis Allan
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