A tragédia em Brumadinho – MG vem dominando manchetes no país inteiro. Uma pesquisa rápida mostra que há muita discussão sobre quem é culpado, mas pouca dúvida que o desastre foi consequência da maldade humana, principalmente da ganância de pessoas que desvalorizaram as vidas humanas. Manchetes, diariamente, mostram a mesma realidade. Sejam notícias de atiradores em empresas e escolas, tiroteios entre traficantes e policiais, homicídios, estupros, abuso de crianças, tráfico humano ou colisões nas rodovias provocadas por motoristas bêbados, as notícias falam sobre pessoas inocentes que sofrem por causa da maldade dos outros.
Em outros artigos, temos considerado o problema geral do sofrimento no mundo e sua causa inicial: a corrupção do mundo por causa do pecado de Adão e Eva. Em muitos casos, porém, podemos identificar uma causa mais direta, quando pessoas pecam e causam o sofrimento das suas vítimas. A Bíblia fala muito sobre crimes contra outros. Vamos considerar alguns exemplos.
As histórias bíblicas incluem relatos de crimes contra inocentes. O primeiro pecado humano registrado mostrou desrespeito para com Deus (Gênesis 3). O segundo afetou uma vítima inocente, pois Caim matou seu irmão (Gênesis 4). O resto da história bíblica, de Gênesis a Apocalipse, registra outros casos de maldade contra pessoas inocentes. A violência foi um dos pecados que levou ao castigo universal do dilúvio na época de Noé (Gênesis 6:13). Reis atacaram cidades para tomar suas riquezas (Gênesis 14). Vários textos do Antigo Testamento falam sobre casos de estupro (Gênesis 34:1-2; Juízes 19; 2 Samuel 13; etc.), homicídio (Gênesis 34:25; 1 Reis 21:8-16; 2 Reis 11:1), tráfico humano (Gênesis 37:28,36), políticas de matança de bebês (Êxodo 1:15-22) e muitos outros exemplos da crueldade humana.
As leis do Antigo Testamento tratavam do problema de fazer mal aos outros. Durante quase um ano, o povo de Israel ficou acampado perto do monte Sinai. Esse período é relatado de Êxodo 18 até Números 10. Deus, por meio de Moisés, revelou um sistema de leis para governar essa nação especial. Quase 40 anos depois, ele repetiu muitas das mesmas instruções para guiar a nova geração que logo entraria na terra prometida (essas instruções registradas no livro de Deuteronômio). Muitas das instruções orientavam o povo sobre seu serviço religioso, mas uma boa parte da Lei dada aos israelitas tratava do tratamento de outros seres humanos. Deus proibiu homicídios, furtos e mentiras (Êxodo 20:13,15,16; Levítico 19:11), violência e homicídio (Êxodo 21:12-15), tráfico humano (Êxodo 21:16; Deuteronômio 24:7), negócios fraudulentos (Êxodo 22:9; Levítico 19:35-36; Deuteronômio 25:13-16), opressão de estrangeiros, viúvas, órfãos e pobres (Êxodo 22:21-22,25-27; Levítico 19:13,33; Deuteronômio 15:7-11; 24:14-15), exploração sexual (Levítico 19:29), sacrifícios de filhos (Levítico 20:2), estupro (Deuteronômio 22:25-27).
O ensinamento do Novo Testamento condena a maldade contra outros. Jesus e seus apóstolos não revelaram um sistema de leis detalhadas, como foi feito no Antigo Testamento. Mas, especificamente condenaram muitos dos mesmos crimes contra outros e ensinaram princípios de bondade que excluem qualquer possibilidade dos seguidores de Jesus praticarem tal crueldade. A ética no Novo Testamento é ainda mais elevada do que os ensinamentos dados por Moisés aos hebreus. Jesus condenou o homicídio, é claro, mas foi além das interpretações dos religiosos quando ensinou sobre os problemas de ira e ofensas (Mateus 5:21-26). Ele condenou mentiras, vingança e ódio (Mateus 5:33-45). Seus discípulos ensinaram contra mentiras, furtos e todas as formas de malícia (Efésios 4:25-31). Até palavras maldosas foram fortemente condenadas no Novo Testamento (Tiago 3:1-12). Não há lugar, na ética do Novo Testamento, para a opressão e injustiça (Tiago 5:1-6).
A ênfase no Novo Testamento, porém, não está na definição de crimes de maldade e, sim, no incentivo a praticar a bondade. Jesus disse: “Façam aos outros o mesmo que vocês querem que eles façam a vocês” (Lucas 6:31). Paulo acrescentou: “Não paguem a ninguém mal por mal; procurem fazer o bem diante de todos. Se possível, no que depender de vocês, vivam em paz com todas as pessoas” (Romanos 12:17-18).
Muitos sofrem por causa da maldade de outras pessoas. Qualquer um de nós pode ser vítima, mas não devemos ser a causa do sofrimento na vida dos outros.
-por Dennis Allan
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