Acolhemos o Rei?
Nas últimas semanas do ano, é comum ouvir músicas que engrandecem o nome de Jesus, que nasceu em Belém, viveu mais de 30 anos aqui na Terra, e morreu na agonia da cruz para oferecer salvação a todos nós. Uma das músicas cantadas nessa época foi composta 300 anos atrás por Isaac Watts, baseada em Salmo 98. A canção começa com estas palavras: “Cantai que o Salvador chegou! Acolha a terra o Rei”.
Nessa época do ano, é comum pensar sobre o que vai acolher, ou receber. Muitas crianças (e até adultos) pensam sobre os presentes que querem ganhar. Trabalhadores pensam em receber bônus salarial. Famílias se preparam para acolher parentes nas suas casas. E muitas pessoas até já se programam para “receber” alguns quilogramas a mais por causa da gula característica do período festivo.
Mas será que pensamos em receber o Rei?
O hino citado, conhecido pelo título “Rei Excelso”, fala de alegria, gozo e paz, mas não são os únicos assuntos do Salmo 98 nem dessa canção de adoração dirigida a Jesus. A música fala sobre leal submissão ao Rei. Acolher o Rei não significa admirar um bebê fofinho em uma manjedoura, e sim render-se completamente à autoridade do monarca, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
As imagens baseadas na chegada de Jesus ao mundo são lindas. Um casal de pobres foi abençoado com o filho mais importante de toda a história. Pastores de ovelhas chegaram logo para adorá-lo. Durante os primeiros dois anos de sua vida, o bebê recebeu a adoração de magos que vieram de longe.
Mas um bebê não exerce a autoridade de um rei. Jesus cresceu, ensinou e mostrou sua divindade por meio de milagres. Depois de vencer a morte e o pecado, ele assumiu seu devido lugar no céu, de onde ele reina sobre todos. Como Senhor e Cristo (Ungido), ele exige o arrependimento e submissão dos pecadores (Atos 2:36-39). Em resposta à autoridade absoluta dele, devemos nos entregar em obediência a cada palavra que ele falou (Mateus 28:18-20). A canção fala de as nações acolherem seu Rei porque seu domínio é universal. O Senhor “...ordena a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam. Porque Deus estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio de um homem que escolheu. E deu certeza disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17:30-31).
É bonito cantar da grandeza do Rei que nasceu em Belém, mas devemos demonstrar a reverência que ele merece por nossa submissão absoluta à sua autoridade divina.
-por Dennis Allan
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