Uma Bênção Disfarçada (Parte 1)
Já ouviu falar de bênçãos disfarçadas? São situações nas quais coisas ruins acabam trazendo algum benefício não esperado. Com certeza, Deus tem dado muitas bênçãos disfarçadas ao longo da história. É difícil imaginar que José se sentiu abençoado quando foi vendido pelos próprios irmãos para ser escravo, mas depois ele viu que Deus usou seu sofrimento para salvar a família toda e formar uma nação especial (Gênesis 50:20). A hebreia Noemi não teria visto motivo de alegria quando seu marido e dois filhos morreram em território estrangeiro, mas sua história trágica mudou quando sua nora Rute se casou com um homem excelente e teve um filho que seria um dos antepassados de Jesus Cristo (Rute 4:13-22). A Bíblia relata muitos casos de bênçãos disfarçadas.
Na China, em novembro de 2019, foi identificado um vírus que mudaria o mundo. Nos primeiros 120 dias depois de surgir o primeiro caso do COVID-19, mais de 180.000 pessoas foram infectadas, com mais de 7.000 desses casos terminando em óbitos. Nestes 120 dias, 162 países registraram casos da infecção. Escolas, igrejas e comércios fecharam suas portas por tempo indeterminado. Países fecharam suas fronteiras. Índices econômicos despencaram no mundo inteiro. Parece má notícia após má notícia.
Não pretendo, de maneira alguma, minimizar o sofrimento real causado por essa doença, mas quero sugerir um ponto positivo, uma oportunidade apresentada aos pais de alunos em vários países, inclusive no Brasil. Por muito tempo e na maioria dos países, o estado tem afirmado seu direito de educar crianças, em muitos casos, simplesmente negando a capacidade, responsabilidade e autoridade dos pais na educação dos seus próprios filhos. Quando, porém, o estado percebe um problema do tamanho da pandemia do COVID-19, admite suas próprias limitações e manda as crianças para casa. O motivo pode ser ruim, mas a oportunidade é boa!
Reconheço que escolas administradas pelo governo podem contribuir positivamente à educação de crianças, mas vejo aqui um momento especial para os pais lembrarem que a real responsabilidade fica com eles, e não com o estado. Deus disse: “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Provérbios 22:6). Na continuação desse tema, quero sugerir algumas oportunidades específicas quando os filhos ficam em casa. Que grande bênção disfarçada!
-por Dennis Allan
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