Alguns anos atrás, acompanhei a construção de uma casa feita por um pedreiro experiente sob orientação de um engenheiro. Vizinhos zombaram dos cuidados especiais de fazer sondagem do solo e cálculos técnicos para dar apoio adequado à estrutura. Outras casas próximas foram construídas com menos despesa e mais rapidez com alicerces mais rasos. Os anos passaram, e as diferenças começaram a aparecer: uma casa feita para durar, e outras cheias de rachaduras e destinadas à demolição. A diferença está no alicerce.
Recentemente, uma amiga pediu um parecer sobre uma organização que afirma ter raízes em associações profissionais de pedreiros. Eu já havia conversado com membros dessa organização e lido diversas críticas escritas por católicos, evangélicos e até muçulmanos. Mas não gosto de basear uma conclusão apenas nas palavras dos opositores de qualquer doutrina ou organização. Acho melhor procurar as palavras dos próprios defensores para chegar a uma conclusão justa. Com esse intuito, prestei mais atenção aos textos publicados por adeptos à Maçonaria, que defendem a sua compatibilidade com todas as religiões, inclusive o cristianismo.
Textos maçônicos sugerem que cada um chega ao “Altar da Maçonaria” para orar, imaginando sua própria imagem de Deus. Todos concordam nos desejos expressos, mas dirigem suas súplicas a entidades distintas: “O GADU [o Deus da Maçonaria] pode ser chamado de vários nomes e títulos, conforme culturas, épocas, povos, religiões: Deus, Pai Celestial, Mestre Maior, Senhor do Universo, Alá, Jeová, Adonai, Zeus, Senhor, El Shadday, Oxalá, Brahma, Rá, etc.” (Facebook: consultado em 19/09/2020).
Para muitas pessoas, até líderes religiosos ecumênicos, tal explicação pode ser vista como confortante e louvável. Mas para as pessoas que acreditam nas palavras de Moisés, de Jesus e dos apóstolos registradas na Bíblia, essa afirmação não passa de blasfêmia e rejeição do verdadeiro Criador e Salvador. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). O apóstolo Pedro reforçou esse ensinamento quando disse sobre Jesus: “E não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12). Não quero rachaduras na parede que levam à demolição da casa. Quero construir sobre o único alicerce firme (Mateus 7:24-27).
-por Dennis Allan
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