A avaliação da veracidade de textos religiosos (a Bíblia, o Alcorão, os Vedas, o Tripitaka e outros) não deve se basear em abordagens subjetivas limitadas à nossa própria experiência ou às tendências da sociedade atual. Em vez de analisar nossas reações emocionais aos efeitos de tais escritos, devemos focar a origem de qualquer texto que examinamos. Seguem algumas perguntas importantes e úteis no processo de avaliação de livros considerados, pelos adeptos das suas respectivas religiões, sagrados. Em cada caso, vou incluir um breve comentário sobre a resposta à pergunta quando se trata da Bíblia. No caso de outros textos, as respostas variam.
O que o livro diz sobre sua própria origem?
Quando olhamos qualquer livro em uma biblioteca, observamos o nome do autor e encontramos informações sobre suas qualificações como escritor. Seria raríssimo questionar ou rejeitar essas informações, porém reconhecemos a possibilidade de plágio ou de autores usarem pseudônimos. Em caso de dúvida, faríamos uma pesquisa mais profunda. A maioria dos livros da Bíblia cita os nomes dos autores, e vários desses autores defendem a origem divina da sua mensagem.
O que as testemunhas mais próximas diziam sobre a origem do texto?
Quando conhecidos do autor atestam a autoria de um livro, temos motivos ainda maiores de dar credibilidade ao texto. Vários livros bíblicos foram citados por outros autores na mesma coletânea, e há literalmente milhares de referências à Bíblia em outros textos escritos pouco tempo depois.
Os leitores da época deram importância ao livro?
Livros de origem duvidosa tendem a ser criticados e rejeitados por seus contemporâneos. Muitos textos religiosos começaram a ser circulados somente séculos depois da morte dos personagens principais ou supostos autores, mas a Bíblia inteira foi largamente circulada durante e logo depois do tempo de ser escrita.
Os textos foram conservados com cuidado?
Desde a antiguidade, leitores da Bíblia se esforçaram para passar cópias dos textos sagrados para frente. Estudiosos frequentemente afirmam a qualidade dos textos da Bíblia, conservados com muito mais certeza do que conhecidos textos de Homero, Aristóteles ou até Shakespeare, que viveu menos de 500 anos atrás.
Quando consideramos as evidências, a Bíblia se destaca por sua confiabilidade. Antes de aceitar qualquer outro livro religioso, devemos examiná-lo com o mesmo cuidado.
-por Dennis Allan
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